BÁRBARA.
— Alguém vai me responder? — minha avó tentou se aproximar e eu me afastei. Sr. Márcio continuou no mesmo lugar só me olhando.
— Márcio é seu pai. Quando sua mãe descobriu que estava grávida de você seus avós paternos ameaçaram-na de morte. Ela não chegou a contar ao Márcio que estava grávida. Pegamos tudo o que tínhamos e fugimos para o Brasil. Lá ela reencontrou com um ex namorado que foi que lhe registrou como filha. — vejo minha avó procurar uma cadeira para sentar. — Eram anos difíceis no Brasil, então resolvemos voltar com nomes falsos, mas a família do seu pai nos achou. — ela para um pouco de falar enquanto recorda. — Estávamos na estrada a 3 dias a caminho de uma pequena cidade bem ao sul do estado. No caminho dois carros fecharam o carro da sua mãe, bateram nele várias vezes até ele cair de uma ponte para a pista de baixo. O carro saiu rápido e nós descemos para ver como vocês estavam. — ela olha para mim e percebo a sua dor. Olho para Márcio e ele parece já saber dessa história. — Quando chegamos sua mãe estava desacordada, Danilo tinha morrido na hora, você está no banco detrás na cadeirinha, consegui tirar você, quando seu avô tentava tirar a sua mãe ele voltou para o nosso carro para pegar uma alavanca e nesse meio tempo o carro explodiu. Fugimos, imediatamente voltamos para o Brasil. Certo dia seu avô conseguiu um emprego por aqui e viemos novamente, só que dessa vez usávamos os nossos nomes, seu pai já tinha casado com uma mulher branca como o pai dele queria, não tínhamos mais com o que nos preocupar. — explicou e eu não era capaz de falar nada. Até que mais uma coisa ainda não tinha sido explicada.
— Por que você foi responsável pela morte de meu avô? — pergunto para Márcio tentando com todas as forças me conter.
— Depois que descobri tudo entrei em depressão, certo dia resolvi procurar seus avós e provar que eu não tenho tive nada a ver com a morte da sua mãe. — ele balança a cabeça tentando espantar as lágrimas. —Acabei discutindo com o seu avô e...
— E ele morreu. VOCÊ MATOU O MEU AVÔ. MINHA MÃE O HOMEM QUE NO REGISTRO É MEU PAI. QUE ESPÉCIE DE PESSOA VOCÊ É?
— Minha filha me perdoe... — pede vindo para perto de mim, eu me afasto.
— EU NÃO SOU SUA FILHA. NUNCA VOU SER SUA FILHA, EU ME RECUSO A TER O MESMO SANGUE QUE VOCÊ. — eu estava descontrolada. Sai da casa sem saber nem para onde eu iria.
LUCAS.
Os gritos de Bárbara chamaram a atenção de todos. Samira logo olhou para mim que aquele expressão de: Eu avisei. Me levantei para ir a cozinha e Pierre me olha feio.
— O que está acontecendo? — baixei a cabeça.
— Meu pai foi o responsável pela morte do avô da Barbara. — antes que ele possa dizer mais alguma coisa. Os gritos aumentam e todos podemos ouvir.
— VOCÊ MATOU O MEU AVÔ. MINHA MÃE, O HOMEM QUE NO REGISTRO É MEU PAI. QUE ESPÉCIE DE PESSOA VOCÊ É? — todos olhavam uns para os outros. Vi o ódio se apossar de Pierre. — EU NÃO SOU SUA FILHA. NUNCA VOU SER SUA FILHA, EU ME RECUSO A TER O MESMO SANGUE QUE VOCÊ. — meu queixo assim como o de todos os outros caiu. Barbara é minha irmã? Ela passa por todos correndo para a rua. Pierre me lança um olhar mortal.
— Tire seu pai daqui! — bufa e sai correndo atrás da noiva. Eu não consigo fazer nada. Samira me sacode.
— Vamos embora. — assinto mas não consigo sair do canto. Ela vai até a cozinha e arrasta meu pai pelo braço.
[...]
Já faziam quase uma hora que tínhamos chegado no meu AP e ninguém tinha falado nada. Estava cada um preso no seu pensamento.
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O Chefe é meu pai?
ChickLitA história está em andamento ( lento mais andandokk) A 25 anos atrás Mário viveu o grande amor da sua vida, mais depois de uma briga a mulher dos seus sonhos sumiu, até hoje ele vive lembrando dela e remoendo esse amor interrompido. Bárbara perdeu...