CYNTHIA
— Ninguém está transando com ninguém aqui! — ele se altera. — Será que dá para você parar de buscar defeito e problema em qualquer coisa que eu faça ou esteja envolvido!? — ele vai para perto da filha com as mãos na cintura.
— É meio difícil né? — ela ironiza.
— Para Bárbara... Porra... Vê se cresce. Todo mundo já cansou do seu show, já está passando da hora de você aceitar que eu sou o seu pai e que a gente que seguir a vida.
— Para você é tudo muito simples, vamos fingir que nada aconteceu... — ela até tentou falar, porém ele a cortou no ato.
— Ninguém apaga o passado, a gente tem que sentar, conversar, tentar várias vezes se for possível. Só não dá para continuar assim. — a fadiga sobre o assunto é visível na sua voz.
— Por mim a gente continua o mas longe possível. — fala enojada e é nesse momento que eu resolvo me meter.
— Amiga sei que o assunto não me diz respeito, porém o seu pai vem enfrentando vários problemas assim como você...
— Cynthia não!!! — Márcio pede porém o ignoro.
— Você pensa que é fácil para ele? Você sabe que o seu pai vem sofrendo com o Alcoolismo e depressão? — ela se cala e o olha. — Você precisa entender que você não é a única que sofre! Pare de repetir essa história por que todo mundo já sabe o que você tem a dizer. Está bom de você parar e ver se vale apena ter um pai; ou se é melhor continuar como você está. — vou até ela e seguro suas mãos. — Eu sei que ainda doe e que dificilmente isso vai passar. Agora veja que ele também sente. — ela o olha. — Tente conversar. Se quiser eu saio daqui e vou para o meu quarto e deixo vocês dois a sós para conversar. — eu olho de um para o outro. Ele assente ela morde o lábio. — Você não tem nada a perder. — ela assente. — Ótimo. Vou para o meu quarto.
Bárbara.
Cruzo os braços e vou até a janela.
— Se for para ficar calada deveria não ter aceitado.
— Você também é insuportável. — rebato.
— Tal pai tal filha. — o olho irritada.
— Vamos evitar.
— Então não vamos conversar? — ele insiste.
— Okay! Me diga sobre o que você quer conversar. — ele me olha incrédulo.
— Do clima! — ironiza.
— Agora é você quem está sendo chato. Já baixei a guarda, só falta você. — digo voltando e sentando no sofá. Ele passa a mão pelos cabelos e se senta.
— Como a sua avó está?
— Já vamos começar assim?
— Bárbara... — me repreende.
— Ela está bem!
— E você?
— Tô bem!
— Não é o que parece.
— Como assim? Você quer saber mais de mim que eu mesma?
— Por fora e a língua estão ótimas, porém por dentro... Nós dois sabemos que não está.
— E como você queria que eu estivesse?
— Eu queria que você estivesse sempre feliz, daria o mundo para você está sente feliz, infelizmente eu não sou Deus.
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O Chefe é meu pai?
ChickLitA história está em andamento ( lento mais andandokk) A 25 anos atrás Mário viveu o grande amor da sua vida, mais depois de uma briga a mulher dos seus sonhos sumiu, até hoje ele vive lembrando dela e remoendo esse amor interrompido. Bárbara perdeu...