Capítulo 11

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LUCAS

— Mãe eu não vou me meter entre você e o meu pai. — digo andando de um lado para o outro enquanto ela grita na meu ouvido pelo telefone.

— Você vai ficar do lado dele? Vai aceitar que ele assuma aquela escrava como mulher? É isso mesmo Lucas Ribeiro? — suspiro cansado pelo seu drama. Minha mãe e uma mulher extremamente preconceituosa.

— Não mãe eu não estou do lado dele e outra. Ele tem amantes mas a Bárbara não é. — afirmo convencido.

— Como você sabe? Você não pode afirmar algo assim se nem está aqui para saber.

— Eu sei mãe por que eu estou apaixonado por ela. Eu sei por que li o contrato que ele fez ao contrata-la. — falo besteira mas agora já era tarde para retirar o que disse.

— Como assim você está apaixonado por ela? Você é louco? Depois de tantas mulheres você vai logo se apaixonar por uma de cor? Não se atrasa assumir essa negra por que eu lhe dizendo e nunca mais falo com você. Nem lembre que tem... — desligo o telefone na sua cara. Me jogo na cama e começo a refletir sobre os acontecimentos.

   Quando disse ao meu pai que gostava dela ele disse que eu não era homem para ela. Desconfiei na hora que ele quisesse algo com ela. Entretanto quando encontrei o contrato as cláusulas contratuais me chamaram a atenção. Principalmente o valor da multa. Ou melhor!!! Das multas. Uma mais visível era de um milhão de dólares, já a que estava escondida nas letras pequenas eram de 50 milhões de dólares. Fiquei surpreso mas ainda não tive a oportunidade de conversar com ele. Tinha algo mais nessa história. Tenho certeza que meu pai me esconde alguma coisa. Decido pegar o telefone e ligar para ele. Depois de várias chamas nenhuma atendida desisto. Ligo para meu informante.

— O que aconteceu aí? — vou até a cozinha e me sirvo de uma taça de vinho.

— Não sei ao certo. Segundo o que fiquei sabendo ela estava abraçada com ele quando a esposa chegou. — disso eu já sabia. Agora por que eles estavam abraçados?

— Onde ela está? — tomo alguns goles enquanto caminho até a janela.

— Ela saiu com o Pierre. Os dois deixaram claro que estão namorando acabando com rumores de que ela estivesse tendo um caso com o chefe. — suspiro irritado. Eu sabia que isso poderia acontecer. Ele aproveitou o momento e a tomou de mim.

— Como ela está? — isso é o que realmente me interessa.

— Bem não está. Mas ela vai sobreviver. Pierre está fazendo bem a ela. Sei que deve está pensando que foi ele que a convenceu de falar que eles estão junto. Não foi! — quando ouvi isso parece que tinha levado uma facada no peito. Volto para a cozinha a fim de encher meu copo novamente. — Ela disse na frente de todos. Ele só ficou calado e sorrindo. Ela o procurou na hora do problema e ele esteve ao lado dela assim como está agora. Lucas por favor deixe ela ser feliz. — coloco a taça sobre do balcão.

— Como é? — eu não consegui acreditar no que aquela criatura estava me pedindo.

— Bárbara está feliz. Está confiando em um homem que me parece honrado e disposto a fazer tudo por ela. Você tem um histórico péssimo e pode mudar de ideia mais rápido que se muda um canal na televisão. Se seu amor por ela for tão grande assim... — escuto ela respirar fundo enquanto um nó se forma em minha garganta. — Deixe ela viver, se aventurar pelo menos com o Pierre. Se der certo deu. v Você parte para outra e ela será feliz com um bom homem, se não... Você entra em campo para ganhar e a faz a mulher mais feliz do mundo e eu juro que te ajudo a fazer qualquer coisa. — desligo o telefone batendo forte o aparelho no balcão.

O Chefe é meu pai? Onde histórias criam vida. Descubra agora