Capítulo 08

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(...)

Saí do banho e soltei os cabelos os escovando rapidamente. Escovei meu dente e respirei fundo. Wanessa volta a atacar...

Caminhei lentamente pelo quarto e percebi que Peter havia entrado aqui para deixar Tavinho dormindo no berço.

Será que ele já foi embora sem dizer nada?

Andei pelo corredor e quando cheguei na sala, vi Peter sentado distraído mexendo em seu celular. Fiquei dali observando sua beleza... Matando a saudade de seus traços. Antes que eu pudesse caminhar até ele, seu olhar parou em mim então me aproximei.

O Tavinho dormiu, né? — Peter parecia petrificado ao me ver vestida assim. Ele não resistiu e vi seus olhos correrem por todo meu corpo como se fossem labaredas que no mesmo instante me fez acender.

— Si...sim. Olha Wanessa... Eu preciso mesmo ir... Deixei meu número escrito em cima da mesinha se precisar de algo... — Vi que Peter se levantou imediatamente. Então me aproximei mais encostando em seu corpo.

— Não vá agora... Espere... — Pedi, manhosa. Pude perceber a respiração de Peter se alterar assim como as veias de sua testa e suas mãos ainda mais sobressaltadas.

— Wanessa... Por favor... Não comece com esses joguinhos. — Sorri lembrando do tempo em que Peter era padre e mal conseguiu resistir.

Sem ele esperar, o empurrei em direção ao sofá. Peter desequilibrou e caiu. Rapidamente sentei em seu colo e beijei seu pescoço.

PETER

Diaba de mulher!

A situação estava difícil para mim. Ver Wanessa vestida daquele jeito me deixou louco. Eu estava a exatamente três meses sem sexo... 0 que eu suportava até mais devido ter aprendido isso na época do celibato. Só que vê-la tão linda, com uma camisola tão sexy mostrando toda a sua curva sensual, sua pele nua... Despertou o pior de mim.

Wanessa me empurrou no sofá e eu cai. Logo em seguida ela sentou em meu colo e rebolou o quadril contra meu corpo. Senti o contato de seu sexo unido ao meu mesmo por cima da roupa. Isso me deixou tão duro que quase soltei um gemido.

Eu já não pensava direito e então agarrei sua cintura com uma mão e com a outra a beijei vorazmente. Que saudade eu estava desse beijo, desse cheiro e desse corpo. Wanessa retribuiu metendo sua língua na minha boca. Sugamos um lábio do outro com volúpia enquanto ela me apertava cada vez mais forte contra ela. Seu corpo roçando no meu. Suas mãos deslizando para dentro da minha blusa arrancando arrepios e então eu lembrei.

Lembrei que ela havia me abandonado, lembrei que ela foi embora com um filho meu no ventre e Audrey foi a única que suportou a minha dor e eu estava sendo completamente um canalha com ela. Então eu parei de beijar Wanessa e bruscamente a tirei do meu colo e

a coloquei sobre o sofá. Wanessa me encarou sem entender.

— Eu não posso! — Alertei, me levantando do sofá e me virando de costa para ela. Eu estava extremamente excitado e alucinado.

— Por que não? — Wanessa perguntou tentando se aproximar e eu me afastei respirando fundo e passando a mão sobre o cabelo.

— Você parece que é louca! Se esqueceu que você me abandou? Que sumiu da minha vida? Agora eu sou um homem casado, minha mulher está debilitada e eu estou aqui... Me servindo de um canalha! — Eu disse me virando para ela e mantendo meus olhos apenas em seu rosto. Evitando olhar seu corpo novamente.

— Você sabe que eu tive meus motivos para ir embora... Peter eu sempre amei você! — Dessa vez eu sorri com escárnio.

— Amou? Amou merda nenhuma! Você simplesmente foi egoísta. Pensou só em você e nem sequer cogitou a ideia de como havia me deixado... Eu larguei toda a minha vida religiosa por você. Aguentei suas loucuras na cidade grande pra no final você me abandonar e agora se acha no direito de me querer como se nada tivesse acontecido? — Falei enfurecido. Vi seu rosto vacilar.

— Não foi bem assim Peter, eu fui embora para te proteger da Wanessa que eu era! Eu não te faria feliz daquele jeito. Eu pensei em você quando eu te deixei!

— Presta bem atenção Wanessa, se eu tenho contato com você hoje, é somente pelo nosso filho! Por ele eu quero manter uma boa relação com você. Mas nada além de algo amigável! Você fez sua escolha e eu fiz a minha. Hoje eu sou um homem casado e você deve respeitar isso. — Dessa vez foi ela quem sorriu.

— Você fala de um jeito como se não me quisesse. Como se eu forcei algo com você. Peter... Você poderia ter me tirado do seu colo, mas não... Você me beijou, esfregou seu corpo no meu... Então não venha me dizer que a culpa é só minha. — Fechei os olhos me praguejando por dentro

— Inferno! Eu fui um canalha, mas isso não vai mais acontecer. Eu sou casado! — Ela sorriu empinando o nariz.

— Casado, mas não ama a Audrey. Eu tenho certeza que se casou por compaixão, por gratidão. Não é amor Peter... Eu sei... Seu amor sou eu. — Ela disse me olhando no fundo dos olhos. Eu bufei revoltado.

— Você está muito enganada, Wanessa. Eu amo a Audrey e viverei até os últimos dias da vida dela com ela. Você já é passado e tudo que me interessa de você, é o nosso filho — Vi seus olhos lacrimejarem e quase voltei atrás com tudo que disse. Mas eu não podia... Ela estava certa. Meu amor por ela não havia morrido e pude perceber isso após o nosso beijo. Mas ela não poderia me ganhar mais. Todas as vezes que ela me ganhou, ela praticamente me descartou pois sabia que eu sempre voltava. Isso acabou. A Audrey precisa de mim, ela está praticamente morrendo e séria falta de caráter minha a abandoná-la agora nesse momento delicado da vida dela.

— Tudo certo Peter. Pode me dizer que não me ama mais e que ama a Audrey, eu não acredito. Eu só quero que saiba que eu não vou desistir. A Audrey que se meteu aonde não devia. Ela sempre soube que nós dois nos amávamos e nos amamos, e aproveitou um momento de fragilidade sua para agir. De boazinha ela não tem nada.

— Já chega, Wanessa. Eu deixei meu número. Me liga se precisar de algo. Amanhã eu venho ver o Tavinho. — Ela assentiu em silêncio e pensativa.

Me retirei da sala o mais rápido e saí da casa dela feito bala. Eu precisava ser forte. Eu conheço bem a Wanessa e sei que ela não vai sossegar até me ter por completo. Então preciso ser cauteloso. Audrey não tem culpa nisso e não pode sofrer. Não deixarei isso acontecer.

Meu Irresistível Pecado 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora