Capítulo 17

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Encaro a Ethan que me encara sem jeito. Mordo o lábio e parece que os dois homens a minha frente, aguardam alguma palavra minha.

— Olá, Peter. Já cheguei do serviço... A propósito, esse é o Ethan meu chefe... Ethan, esse é o Peter, o pai do meu filho... — Ethan sorri.

— Nós nos conhecemos... Eu e Peter chegamos a estudar juntos e além do mais ele foi padre. — Peter parece sério, chateado com algo que logo assentiu.

— Verdade. Nós nos conhecemos. Nessa cidade é difícil um não conhecer o outro, o máximo que pode acontecer e ter visto de vista. Mas de alguma forma, sabe quem é. — Peter disse. Eu sorrio.

— Bom, estou mega cansado. Boa noite para vocês tudinho... — Leo joga beijo e minha vontade é de arrancar a cabeça do meu amigo por me deixar sozinha com esses dois homens que no olhar parecem desafiar um ao outro.

— Boa noite. Descansa bastante que amanha é dia de trabalho. — Ethan brinca e Leo sorri assentindo.

— Quer uma água ou um café?... — Pergunto a Ethan que meneia a cabeça.

— Vou deixar para a próxima, está muito tarde temos que descansar para a noite corrida de amanhã. Quer dizer... de hoje. — Assinto e sorrimos um para o outro.

— Sendo assim, vou levá-lo até o portão. — Ele assente e eu volto a encarar o Peter que parece perdido com a cena, ainda com Tavinho adormecido no colo.

— Vou só o levar até o portão, não demoro. — Peter assente.

[...]

Assim que chegamos ao portão, Ethan para de andar e me encara, com uma expressão curiosa.

— Então você e o pai do seu filho se acertaram? — Franzo o cenho e sorrio meneando a cabeça em seguida.

— Na verdade, estamos bem pelo o nosso filho... nada mais que isso. — Ethan concorda parecendo aliviado.

— Pelo o olhar dos dois, posso adiantar que ainda sentem algo um pelo o outro, certo? — Mordo o lábio e faço que sim. Ethan murcha um pouco.

— É complicado. Eu e Peter nós... bem, ele não pode se envolver porque se casou com outra e essa outra parece estar bem doente. Ele por ter sido padre um dia, continuou com essa coisa de ser compassivo, aí imagina, mas enfim.. vejo você amanhã? — Ele assente e pega em minha mão me deixando sem reação no momento.

— Claro, eu sou muito sortudo por ter uma funcionária tão linda, simpática e competente em meu estabelecimento. — Ele pisca para mim e eu sorrio admirada. Ethan se torna um bom partido já que Peter não quer mesmo algo comigo, mas não, não posso dar esperanças de algo sério a ele se meu coração pertence a aquele homem que me aguarda na sala.

— Eu que agradeço aos elogios. Até amanhã, Ethan...

— Posso beijar o seu rosto? — Ele pergunta e eu assinto.

Ethan então se aproxima lentamente me fazendo sentir seu perfume com um toque apimentado e beija meu rosto vagarosamente como se saboreasse a minha pele. Confesso que me arrepia apenas com esse toque. Ethan se afasta e eu suspiro.

— Bom, até mais chefe. — Pisco para ele o provocando e ele coça o queixo caminhando em direção ao carro.

— Até mais, Wanessa. — Aceno em tchau e ele entra no carro. Fecho o portão e volto para casa...

Assim que ponho o pé na sala, vejo Peter em pé andando de um lado a outro com Tavinho dormindo em seu colo. Sua expressão é bem séria.

— Que demora pra levar o chefe até o portão. — Peter responde e eu seguro o sorriso entendendo que ele está com ciúmes.

— Pois é. Preciso ser bem receptiva com meu chefe, quem sabe assim ele não me promove? — Pisco para ele que bufa.

— Pelo beijo que ele te deu no rosto, já, já ele te promove a cargo de namorada. — Arqueio a sobrancelha colocando a mão na cintura.

-—Por acaso estava me espiando Peter? — O vejo ficar sem graça e minha vontade é de me jogar em seus braços.

— Não! Obvio que não, apenas estava caminhando pela sala fazendo Tavinho pegar no sono outra vez e vi sem querer vocês dois no portão. — Assinto. 

— Muito bem, falando no meu pequeno. Como foi a noite de vocês? — A expressão de Peter suaviza e um sorriso lindo brota em seus lábios.

— Tudo ótimo. O meu filho já se acostumou comigo. Ele até deu uma resmungada querendo você, mas eu o subornei com um monte de vídeos infantis em meu celular. — Reviro os olhos.

— Vai acostumar o Tavinho mal.

— Deixa ele ser criança... falando nele. Como ele ficou bem comigo, quero que deixe ele ir para a fazenda comigo amanhã. - Esse assunto aperta o meu peito. Saber que o Tavinho precisa se aproximar daquela megera me deixa um tanto encabulada.

— Não acha que está muito cedo pra ele ir pra sua casa? - Peter suspira.

— Acho que não. Ele ficou bem comigo. Não se preocupe eu cuidarei bem dele. Ele dorme comigo. — Ajeito meu rabo de cavalo e assinto. Não quero discutir com Peter. Não quero que aquela bruxa vença.

— Certo, mas com uma condição... Se ele estranhar a fazenda, em qualquer horário você o traga pra casa, pode ser até as 3 ou 4 da manhã, 5, 6 não importa... pode ser? -Peter assente.

— Pode sim. Mas acredito que não vá precisar. Ele já se familiarizou comigo. — Arqueio a sobrancelha

— Com você sim, mas não como resto da sua família...

— Tenho certeza que vai se acostumar.. Amanhã então, uma hora antes eu venho pegar ele para levá-lo para a fazenda. — Assinto e me aproximo dele, pegando meu Tavinho no colo. O cheiro e sinto seu cheirinho misturado ao perfume do pai, essa noite vou dormir com o melhor cheiro do mundo, do meu filho e do pai dele...

— Bom, agora é minha deixa. Já está bem tarde e eu tô cheio de coisas para fazer na fazenda logo cedo. — Assinto.

— Até amanhã então, Peter e obrigada por hoje. — Ele assente, e pega suas coisas se retirando em seguida.

Suspiro fechando os olhos sentindo o cheiro do perfume de Peter impregnado na roupa do meu Tavinho.

Eu não vou desistir de você, Peter... Pode apostar...

Meu Irresistível Pecado 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora