Capítulo 7

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WANESSA

Caminho em silêncio já planejando tudo na mente. Eu tenho certeza que ainda mexo muito com Peter. Eu vou jogar as cartas que forem necessárias para tê-lo de volta.

Assim que chego no portão de casa, olho para o Peter.

— Aqui é a minha casa... Simples, mas é que eu pude alugar. — Peter assente.

— A simplicidade as vezes é a melhor riqueza. — Assinto me perdendo no olhar de Peter.

— Bom, vamos entrar! — Abro o portão para Peter passar com Tavinho no colo, e logo depois eu passo.

Sinto o cheiro gostoso de comida invadir meu nariz e sorrio. Com certeza Léo deve tá preparando um almoço daqueles.

Antes que eu possa abrir a porta da sala, Léo surge sem camisa e apenas de bermuda e avental.

Ele me encara sem jeito ao perceber a presença de Peter. No mesmo instante eu encaro Peter que parece com uma expressão séria. Levemente irritada. Será que ele está com ciúmes?

— Você não me avisou que tinha marido, Wanessa. — Peter diz duramente e minha vontade de rir é imensa, mas me seguro.

— Desculpa aparecer assim, eu não... Imaginava que teríamos visitas. — Peter vira a cara e Léo me encara um tanto tenso. Eu ajeito minha blusa e pigarreio chamando a atenção dos dois.

— Desculpa eu não ter te avisado antes, esse é o Leônidas, mas eu o chamo de Léo. Um excelente amigo. Desde que me mudei para outra cidade, Léo sempre foi meu braço direito. —Eu disse olhando carinhosamente para o meu amigo que me sorriu da mesma forma.

— Amigo? — Peter perguntou com a sobrancelha arqueada e com a expressão de desconfiado.

— Claro! E você é o pai do Tavinho, não é? A Wan sempre fez questão de falar bem de você. E não precisa fazer essa cara de ciúmes, eu não gosto da mesma fruta que você. — Leônidas disse dando uma piscadela para Peter que encarava meu amigo de boca aberta. Minha vontade era de gargalhar. Peter sacudiu a cabeça e sorriu.

— Ah não. Eu não estou com ciúmes... — Vi que Peter havia ficado sem jeito e então eu intervi.

— Bem, tô sentindo o cheiro gostoso da comida. Deu até uma fome!

— Pois é. Já está tudo preparado. Fiz aquela macarronada que você ama! — Dei um gritinho contido e abracei meu amigo beijando seu rosto. Não pude deixar de notar que Peter parecia incomodado, apesar de Léo dizer do jeito dele que era homossexual.

— O que acha de almoçar aqui, Peter? — Ele franziu o cenho pensativo, parecia preocupado e eu já imaginava com quem.

— Eu... Não posso demorar. Preciso voltar ao hospital. — Pensa rápido Wanessa...

— Não vai demorar e além do mais você vai passar um tempo com o nosso filho também. —Peter suspirou.

— Certo, então vamos. — Explodi de alegria por dentro por poder passar mais um tempo com Peter.

Eu sinto muita falta em sentir seus beijos, suas carícias, dele me consumir por inteira...

Entramos em casa com Léo tagarelando sobre a refeição que havia feito.

— Olha... Léo, leva o Peter até o banheiro para que ele lave as mãos e depois o guie até a mesa para almoçar.

— Eu vou dar um banho no Tavinho para ele almoçar e dormir fresquinho.

— Será que eu... Posso participar desse momento? — Peter perguntou antes que eu pegasse o Tavinho no colo e eu assenti na hora.

— Claro! Vem, vamos ao meu quarto. — Ele assentiu duvidoso, talvez preocupado com o que eu fosse fazer, mas veio. Eu sabia que precisava ganhar o terreno com ele antes de agir...

Assim que chegamos ao meu quarto, Peter observou rapidamente o ambiente.

Ao lado da minha cama, ficava o berço do Tavinho.

— Vou preparar o banho dele... —- Avisei puxando a banheira que estava ao lado da cômoda.

— Enquanto você prepara, eu vou tirando a roupinha dele. — Sorri derretida ao perceber que Peter aceitou rapidamente seu papel de pai.

— Tudo bem. — Praticamente corri para o banheiro para encher a banheira.

Apanhei do armário os itens do banho e ajeitei próximo a banheira. Fiquei aguardando encher até onde sempre eu enchi.

Voltei para o quarto e a cena que eu vi me deixou ainda mais apaixonada pelo Peter. Ele tirava com cuidado a fralda do Tavinho e brincava com ele.

— Meu filho... Como você é lindo... Sabe, foi uma surpresa pro seu papai, quando soube. Mas quando te vi, o meu mundo ficou completo... — Fiquei da porta observando a cena e Peter parece ter percebido porque logo ele me encarou e deu aquele sorriso que eu amava e amo.

— Eu estava aqui conversando com nosso filho. Uma conversa de pai e filho, não é garotão?

— Papá! — Tavinho respondeu com um sorriso em seguida eu me aproximei.

— Que ótimo! Fico feliz em ver e ouvir isso... O banho do Tavinho já está pronto.

— Se não for muito abuso, será que eu poderia dar banho nele? — Vi o quanto Peter estava feliz e empolgado com a nova paternidade.

— Claro! Vou arrumar as roupinhas do Tavinho e cuidar do almoço dele. A toalha dele já está no banheiro. Já volto. — Peter entrou no banheiro com Tavinho enquanto eu arrumei as roupinhas que Tavinho iria colocar após o banho e os deixei em cima da cama junto a fralda.

Corri para a cozinha, sem segurar o riso de felicidade ao perceber que Peter havia amolecido e por conta do nosso filho, não arrumou briga comigo por eu ter abandonado ele e sumido por esse tempo.

Léo estava na cozinha e me encarou com um sorrisinho sacana.

— Agora entendi porque você ama esse boy. Ele é mega lindo ainda mais pessoalmente. — Rolei os olhos ainda sorrindo enquanto tirava a sopinha da geladeira e colocava no micro-ondas para esquentar.

— Eu o amo tanto... Ele é meu, Léo. Não vou desistir nunca de tê-lo comigo. — Léo assentiu.

— Bom, vou só almoçar com vocês e vou dar uma saída... Deixar os pombinhos a sós um pouco. Leo piscou para mim e eu mordi o lábio.

— Obrigada por isso. — Ele assentiu se retirando para preparar a mesa, e eu o ajudei.

(...)

Já na mesa almoçando, após dar o almoço ao Tavinho, Peter e Léo engataram uma conversa atras da outra.

Se deram muito bem e eu agradeci por isso. Enquanto terminávamos de almoçar, Tavinho brincava pelo chão da casa. Vi que Peter admirava nosso filho todo bobo e aproveitei pra puxar assunto.

— Não vejo a hora de ver o Tavinho correndo pela casa... Ele até dá alguns passinhos, mas cai.

— Não vai demorar muito... Nosso filho é esperto e em breve estará correndo por aí. — Assenti.

— Bom, o papo tá legal, mas eu preciso sair... Foi um prazer te conhecer Peter. — Léo apertou a mão de Peter que sorriu para ele.

— Foi um prazer também. — Léo assentiu retirando nossos talheres e louças da mesa. Antes que Peter falasse que estava de saída eu intervi.

— Peter... Será que você pode... Olhar o Tavinho só 15 minutos para eu tomar um banho? E que eu tô incomodada com o suor e o calor... — Peter suspirou e assentiu.

— Tudo bem. Eu só não posso demorar mais... — Assenti e agradeci.

Corri até o quarto, puxei uma camisola um pouco transparente cor preta do guarda roupa. Sorri diabólica. Apanhei meu hidratante, perfume e desodorante e corri para o banho. Quero ver a reação de Peter quando me ver toda cheirosa, vestida apenas com uma camisola semitransparente e sem calcinha...

Meu Irresistível Pecado 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora