Capítulo 15

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Assim que saio da casa de Wanessa, fecho o portão e entro no meu carro. No mesmo instante vejo meu celular tocar mais uma vez. Dou um suspiro e atendo.

"Oi.."

"Oi amor, você está demorando.. que horas vem pra casa?" — Rolo os olhos coçando a vista em seguida.

"Não se preocupe, estou saindo daqui agora. Já, já, estou em casa."

"Ótimo! Vou aguardar ansiosa..."— Audrey diz empolgada. Me despeço dela no celular e volto a minha atenção para o carro. Ligando e dando partida a seguir...

Após minutos na estrada, finalmente eu chego em casa. Saio do carro e observo ao redor da fazenda. Percebo que tenho de cuidar melhor dessas terras e fazer valer os produtos que saem dela para a empresa.

Quando eu era um padre, eu mal tinha tempo para isso, mas agora reconheço que devo tomar a frente disso, já que minha mãe já não está em tantas condições de comandar nada.

Volto a caminhar em direção a minha casa. Assim que chego, percebo um silencio estranho na casa.

— Mãe? Audrey? — Chamo pelas as duas, mas nada de respostas. Olho para o relógio em meu pulso e me dou conta que minha mãe com certeza, foi para a missa na igreja. Será que a Audrey foi com ela?

Caminho em direção ao meu quarto e fico estagnado quando vejo Audrey completamente nua em cima da minha cama, abrindo um sorriso lascivo para mim. Franzo o cenho sem entender e ela se levanta da cama vindo em minha direção que continho na mesma, parado em frente a porta do quarto.

— Eu já estava com saudades, sabia... — Ela disse deslizando a mão sobre meus ombros e descendo em meu tórax por cima da camisa e se aproxima roubando um beijo meu. Percebo as intenções dela e tento uma desculpa para me afastar.

— Olha... Audrey você sabe que não podemos ainda... você ainda está um pouco debilitada e..

— E o que, Peter? Eu já me sinto bem não percebe? Eu estou com saudades do meu marido, de fazer amor com ele... — Ela disse, irritada. Eu ofego e mordo o lábio coçando o queixo em seguida.

— Audrey.. eu prefiro assim. — Ela me encara de uma forma emburrada e em silencio, apanha o hobe e se veste.

— Eu entendo. Desde que essa maldita voltou para a cidade você ficou estranho comigo. Você não é de negar de fazer amor comigo, Peter. Apenas quando eu estou debilitada e eu já disse que melhorei. — Ela franze o cenho pensativa e vem na minha direção furiosa, cheirando o meu pescoço.

— O que está fazendo? — Pergunto sem entender.

— Você não está sentindo mais vontades porque com certeza aquela piranha deve estar te satisfazendo! — Ela disse em tom agressivo e começou a me agredir com empurrões que não faziam nem cócegas.

A segurei pelos pulsos a parando. Audrey não pode fazer esforço.

— Audrey, pare com isso por favor! Não tem ninguém me satisfazendo! — Eu a segurei firme e ela me encarou ofegante em silencio.

— Então porque está me negando? Por acaso não sente mais desejo por mim? — Respirei fundo. Ela estava um tanto certa. Audrey é bonita, mas não me faz sentir o que Wanessa me faz. Mas eu jamais ousaria dizer isso.

— E claro que não tem nada a ver. Eu só... estou preocupado com você... — Audrey finalmente amoleceu e me abraçou. Soltei os ombros de alívio.

— Não precisa se preocupar, meu amor. Eu estou bem... Só preciso de você... Faça amor comigo. — Audrey começou a se despir novamente. Suspirei e decidi acatar seus desejos. Eu não queria discutir. A beijei e no beijo senti que não conseguia sentir aquele desejo... O desejo ardente que sinto por aquela diaba.

Comecei a pensar e me imaginar com ela enquanto beijava e tocava Audrey. Sei que era errado. Mas a única forma de me manter interessado no prazer com Audrey, era me imaginando com Wanessa, na forma enlouquecedora na qual só ela é capaz de me deixar...

WANESSA

Após terminar o meu banho, caminho até a cozinha. Olho para a geladeira a procura de algo para comer, mas nada que tem me interessa, dou um suspiro tedioso e caminho até a sala.

— Leo, você vai sair agora? — Pergunto ao meu amigo que assiste série na televisão, concentrado.

— Não amor, porquê?

— O Tavinho tá dormindo, tem como você passar o olho nele pra mim de vez em quando? É que eu vou comprar algo de diferente pra comer. — Leo sorri assentindo.

— Claro! Não se preocupe qualquer coisa eu ligo para você. — Sorri me aproximando do meu amigo e o abracei, dando um beijo em sua bochecha.

— Obrigada! Vai querer alguma coisa?

— Não amor. Pode ficar à vontade eu já comi um miojo. — Assenti e ele sorriu.

Eu logo fui ao quarto apanhar minha bolsa e aproveitei passei um batonzinho claro e um perfume.. Nunca se sabe quem você vai encontrar na rua...

(...)

Assim que termino de comer o meu lanche, pago e saio para dar uma volta na pracinha. A noite que começa cair está fresca e a pracinha com várias pessoas. Olho para o meu celular e vejo que ninguém mandou mensagem. Isso significa que o Tavinho está bem com o Leo. Comprei um picolé e comecei a toma-lo parada nas grades de proteção do jardim da praça, até que ouvi duas mulheres com aparência de 50 anos mais ou menos, pelas vestes pareciam ser religiosas. Elas estavam próximas a mim, conversando.

— Essa não é aquela garota que fez o nosso padre virar ex padre?

— Ela mesma. Diz a dona Aparecida, a mãe do padre que ela é o demônio em pessoa. — Ouvi as duas mulheres cochichando e revirei os olhos sorrindo. Me virei para elas tomando meu picolé.

— A dona Aparecida tem razão, eu sou o demônio em forma de gente. Tanto que o filho dela não resistiu a tentação e largou tudo por mim. — Eu disse em tom sarcástico, dando uma lambida bem sensual em meu picolé.

— Deus é mais. —Uma disse fazendo o sinal da cruz.

— Queima em nome de jesus. — A outra fez o mesmo sinal e eu gargalhei.

— Sinceramente sabe qual é o problema das fofoqueiras? Falta de transar.. de gozar gostoso com um macho bem tesudo na cama sabe... chupar um canavial de rola, talvez... — Eu disse dando outra chupada bem erótica em meu picolé e as duas me encararam com os olhos esbugalhados.

— Vamos embora daqui a dona Aparecida tem razão. Essa é a diaba em pessoa. — Uma cutucou a outra e saíram praticamente correndo. Não me aguentei e tive que rir meneando a cabeça. Eu posso ter mudado em diversas coisas, mas uma coisa eu nunca vou deixar de ser. Afrontosa.

Quando eu estava prestes a caminhar novamente, me esbarrei em um corpo musculoso e um pouco suado. Fui me virar para pedir desculpas e fiquei surpresa quando vi, meu mais novo chefe de camiseta e bermuda. Ele estava bem suado e vestido como se estivesse praticando exercício. Logo seu sorriso se abriu para mim.

— Olha quem eu encontrei..!  — Sorri para ele. 

— Me desculpe, eu me distraí e quase te sujei com meu picolé. — Ele olhou o picolé e abriu um enorme sorriso.

— Não se importe. Acabei de fazer uma boa corrida. Você, pelo visto, passeando? — Assenti.

— Sim, eu vim comer um lanche, aproveitei para tomar um ar na pracinha.. mas já estou indo pra casa.

— Ótimo, eu estou indo para casa também. Você aceita uma carona?

— Não quero te incomodar e além do mais eu não moro tão longe daqui..

— Jamais. Eu posso te levar, é bom que eu tenho a oportunidade de conhecer melhor um dos meus funcionários. — Ele piscou para mim e sorriu. Acabei assentindo.

— Sendo assim, então vamos. — Começamos a caminhar lado a lado em direção aos carros. Confesso que realmente Ethan é um Deus grego. Em outros tempos eu cairia matando, mas eu não paro de pensar naquele maldito Peter... se eu soubesse que amar era assim, eu teria evitado isso a muito tempo... 

Meu Irresistível Pecado 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora