Sangue Real - TVD

42 - Votos de casamento

Os dias que se seguiram não foram dos mais felizes em torno dos acontecimentos daquela noite. Começou pela manhã seguinte a lua-cheia quando Lisina veio buscar o afilhado para retornar com a matilha no bayou e, Rebekah contou sobre a visita dos fantasmas de Jackson e Hayley. Os lobisomens é claro que não ficaram satisfeitos com o fato de que fantasmas tivessem dado permissão para que o futuro alfa deles aprendesse magia.

E como a fofoca entre sobrenaturais é absurdamente rápida, não demorou que algumas bruxas viessem questionar o ocorrido e uns até reivindicaram o dever de seu coven educar o garoto que era parte da comunidade mágica local em vez de deixar por conta de uma bruxinha traidora que estava banida e não era confiável, e de uma forasteira que ainda não tinha sido integrada á nenhum coven local.

Davina havia aceitado como dever de reparação educar Andrew na magia como Hayley havia exigido, a jovem bruxa temia a fúria dos mortos uma vez que os ancestrais haviam a castigado de modo tão terrível no passado e estava disposta á qualquer coisa para não causar indisposição com algum fantasma.

Freya não via as coisas desse modo. A bruxa Mikaelson tinha acusado Bonnie de ter interferido na ordem natural das coisas, para a bruxa loira sua cunhada havia sido arrogante e usado magia de um modo leviano. Trazer os espíritos dos mortos apenas para se despedir do garoto? Quantas pessoas não morriam por dia sem ter a chance de se despedir de seus entes queridos, por que o casal de lobisomens merecia esse presente quando não tinham sido as pessoas mais bondosas ou altruístas?

Bonnie argumentou que fez por Andrew, o que conseguiu deixar Freya ainda mais insultada, milhões de crianças que perdiam seus pais por dia e eles tinham que lidar com a realidade sem poder recorrer á magia para se consolar. Quando Freya acusou Bonnie de ser perversa a bruxa negra perdeu a paciência.

- Chega! – gritou – Tanto orgulho e vaidade só serviram para ser subjugada pelo mal, abaixe a cabeça e repare o seu erro. Não que isso vá anular todo o mal que já causou.

A tensão entre as bruxas era visível, Rebekah tentou pacificar a relação delas que sempre foi amistosa, mas só conseguiu discutir com as duas e ainda deixar a irmã ressentida ao perguntar se ela não estava sentindo inveja da cunhada. Inveja do que? Freya questionou com deboche.

Rebekah podia listar por horas a razão por qual achava que toda a recente mudança do humor da irmã mais velha, mas não quis começar uma briga por algo que sabia que a outra nunca iria admitir isso, afinal uma Mikaelson tinha seu orgulho e jamais admitiria suas falhas. Mas Rebekah entendia por que a irmã se sentia tão acuada, Bonnie dera a Klaus o que elas jamais poderiam ter, á elas cabia apenas o papel de tias, nunca de mães.

Mas esse cenário mudou quando a vampira-original conseguiu uma espécie de guarda compartilhada com Lisina que aos fins de semana levava Andrew para o bayou onde ele podia aprender a ser um lobisomem e durante toda a semana o garotinho ficava no complexo aonde a vampira residia e Davina tentava ajuda-lo com sua magia. Bonnie tinha ajudado com alguns exercícios de reconhecimento para saberem qual era a inclinação magica do pequeno alfa.

Elijah partiu para o norte da Ásia com Finn, para completa surpresa de todos. Não por Finn, ele parecia ficar feliz em se manter o mais longe possível dos irmãos e ter o oceano entre eles era um bom começo. Mas Elijah? Rebekah tentou convencer o irmão de não ir, podiam passar um tempo juntos, sem toda a coisa de ter um inimigo á espreita e tal, só que o original moreno estava decido á viajar. Ele queria um tempo para repensar em algumas coisas.

- Você é um imortal, tem todo tempo do mundo – foi o comentário entediado de Kol quando o irmão anunciou sua decisão.

- Você podia ir com eles – Bonnie sugeriu com uma falsa inocência – Um ano sabático na companhia dos irmãos há um oceano e dois continentes de distância.