10 - O jaguar e a fênix

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Enquanto Bonnie era considerada morta pelos médicos. Enquanto Valérie se encaminhava para a pensão Salvatore com seus aliados. Enquanto Alaric e Matt lamentavam a perda de sua amiga. Enquanto os humanos viviam suas vidas se negando a tremer de medo para o sobrenatural que suspirava do lado de fora de suas casas. Enquanto a pequena cidade era tomada lentamente pelos sons da noite que caia depressa, duas figuras se esgueiravam para uma casa de fachada alegre com cerca branca e jardim verdejante.

Penélope era facilmente distinguível por estar na varanda escorada á janela por onde via o que acontecia do lado de dentro, tinha sido barrada pela proteção natural da morada humana que impedia a entrada de um vampiro quando não convidado, uma vez, quando estava aprendendo a lidar com o vampirismo, tentou absorver seja lá que proteção anti-sobrenatural era aquela apenas para descobrir que não podia.

Seguia os movimentos rápidos da sua comparsa que matava sem piedade aqueles que cruzavam seu caminho, sem se preocupar com um covarde aleatório que tentasse fugir em vez de enfrenta-la, sabia que a sifonadora do lado de fora ia chutá-los para dentro de novo. Penélope desviou os olhos quando a espada atravessou o rosto do vampiro que não devia ter um ano de transformado. Devia estar em casa, no Arsenal, trabalhando.

- Sabe o que a paranoica necessidade de fugir e se esconder faz com a cabeça de alguém que aprendeu á ter medo? – ela questionou á vampira que a seguia alguns dias atrás, antes de arrancar a cabeça da vampe. Não gostava de ser seguida. Fez a terra se abrir e engolir a vampira morta junto de qualquer vestígio do ocorrido, e sem muitas opções ligou para a bruxa Bennett, apesar de não querer recorrer á sua ajuda, precisava de confirmação para um feitiço que ela nunca tinha usado antes.

Disse para Enzo que estava saindo do estado, deixou que soubessem que ela estava atrás de um xamã para descobrir como tirar aquela marca ou deter Rayna. Mas nunca sequer saiu da Virgínia, em vez de se dar ao trabalho de vasculhar metade do país e além em busca de uma resposta impossível, ela foi direto á fonte, só não contou para Enzo o que estava fazendo para não ser impedida ou repreendida, por que as chances de Rayna mata-la eram maiores que as dela conseguir algo relevante.

Usou a ligação que a caçadora tinha com os Oito Xamãs petrificados no Arsenal para acha-la. Essa foi a única parte fácil, por que convencer uma caçadora de vampiros á fazer acordo com uma vampira não era simples como sentar e tomar café. Só depois de quase se matarem – ela se viu obrigada a matar Rayna uma vez tirando dela outra de suas muitas vidas – finalmente entraram num acordo, não tão benéfico quanto ela desejava, contudo, o que precisava.

Usou sua habilidade de sifão para entrar na cidade sitiada, uma vez do lado de dentro do espaço inimigo começou a caçada. Rayna tinha um faro sobrenatural medonho para achar os vampiros, sabia exatamente aonde estavam e quantos eram, uns ela conseguia até identificar por algum sentido anormal que vinha com as habilidades de caçadora.

Em poucas horas o que se podia ter chamado de uma pequena tropa de vampiros valentões tinha sido reduzida á corpos dissecados sem cabeça, coração ou com vários membros separados pela lâmina letal da caçadora, espalhados por casas de humanos estúpidos que abriram suas portas de boa vontade para os inimigos em troca de dinheiro e a falsa promessa de segurança, esses fora limpos dos efeitos da verbena pela herege e mandados se apresentarem á delegacia para esclarecer a razão de haver corpos em suas casas – os crimes dos humanos daquela cidade ainda era problema do xerife.

Pela janela observava Rayna trabalhando no único vampiro que ela não atacou de imediato, ainda houve um pouco de provocação, ameaças e discurso sobre um passado muito distante de quando Rayna era só uma jovem treinada pelo pai caçador. Assuntos pessoais de vingança eram tão tediosos, na opinião da herege que enquanto assistia a caçadora desmembrar o líder-vampiro com uma faca que apanhou na cozinha banhada com uma solução de verbena que ela tirou do arranjo decorativo, se perguntava por que não tornava um hábito carregar um livro na bolsa.

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