Damon Salvatore estava morto.
Num primeiro momento isso era chocante, tinham vivido tanta coisa desde que ele e o irmão retornaram para casa e tudo o que os dois viveram ao longo de duzentos anos? Em termos vampíricos duzentos anos pode parecer pouca coisa, dias se comparado com a vida curta de um humano, mas ainda assim... Caramba, era Damon Salvatore, ele fez seu show quando vampiro deixando marcas na vida de quem sobreviveu á sua passagem, marcas irreparáveis em muitos casos e agora estava morto.
Ela censurou Rebekah e Lucy pela conversação maliciosa sobre isso, como se a morte do moreno não tivesse alguma relevância, mas a verdade nua e crua era que Caroline não sabia como se sentir a respeito disso. Estava triste até certo grau, uma tristeza profunda pelo marido que tinha se ajoelhado segurando a mão do irmão no que parecia uma prece silenciosa. E estava quase largando Elena que chorava no seu ombro para ir confortar Stefan cuja dor ela entendia.
O marido havia perdido o irmão no que devia ser um dia especial e feliz.
Também estava um tanto indignada por terem matado o cunhado na sua festa de casamento, puxa, não podiam ter feito isso noutro lugar como Lucy havia sugerido ao híbrido? Se repreendeu por isso, o irmão de seu marido estava morto na sua frente e ela estava sendo egoísta em pensar somente no fato de sua festa estar praticamente acabada antes mesmo de começar.
Não sabia o que sentir. Se por um lado ela pessoalmente teve altos e baixos com Damon chegando ao ponto de dormir com ele quando se conheceram até cogitar a morte do ex-vampiro como se isso fosse a solução para todos os problemas, por outro lado tinha compartilhado com o Salvatore coisas que apenas ele conseguia compreender, emoções que nem suas amigas ou Stefan seriam capazes de entender sem questioná-la.
Notou quando os híbridos desapareceram e ficou curiosa. O que estava acontecendo? De todos seus amigos e aliados ela nunca foi a mais intuitiva, contudo gostava de pensar que dentre eles era quem melhor conseguia perceber as coisas, aqueles pequenos detalhes que fazia toda a diferença.
Como quando entrou na trilha e notou o modo que Klaus observava o corpo de Damon como que esperando por alguma coisa, seu pensamento mais delirante foi que o híbrido tivesse tentado transformar Damon em vampiro de novo, isso explicaria o loiro sanguinário ter optado por uma morte limpa. E ele tinha soado quase na defensiva quando Lucy perguntou se tinha sido ele quem matou Damon, desde quando Klaus tinha problema em admitir uma atrocidade?
Definitivamente tinha algo ali, o híbrido não se importou com as acusações de Elena e nem dos olhares desconfiados sobre ele, não que isso fosse surpresa, mas a atenção que ele dava ao corpo de Damon a deixou com pulgas atrás da orelha. Teria sido uma grande perda de tempo tentar transformar o moreno por que Bonnie garantiu que uma vez no sistema a cura nunca saia, ia estar ali para sempre impedindo que o curado fosse contaminado de volta.
Então por que... Ela arfou levantando o olhar e vasculhando quem estava por ali.
Cadê Bonnie? Ela não teria notado que algo estava acontecendo? Se o notasse ela não teria vindo verificar? Um sentimento de pânico começou a se instalar, ela precisava sair dali, todos precisavam sair dali. Estavam em perigo, não sabia de onde vinha esse medo, só tinha associado o sentimento com Bonnie.
- Temos que sair daqui – gritou dando um susto em todos os presentes.
- Care, se acalme – pediu Matt que estava mais perto, tentando consolar Elena com ela.
- Estou calma, se não tirarmos os humanos daqui todos vão morrer, Matt.
Sem nenhuma gentileza empurrou Elena cuja histeria desapareceu rápido quando ela se pegou á uma súbita ira de concordância e notou que Klaus e seus híbridos não estavam ali. A doppelganger apontou que eles iam matar todo mundo, que tinham começado por Damon. Caroline revirou os olhos e se voltou para a amiga de infância.
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Sangue Real - TVD
AcakO retorno de um poderoso inimigo. - Postado apenas no Wattpad - Sequência de Feitiço Proibido