49 - Assim

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Foi Matt quem encontrou o carro de Elena, alguns adolescentes que estavam vagabundeando de volta para casa no começo da manhã ouviu um choro abafado e foram bisbilhotar do que se tratava, então chamaram a polícia. Tinham abandonado um garotinho perto do antigo cemitério, disseram os jovens ao ligarem e o xerife foi verificar. Ele reconheceu o carro alugado que a amiga dirigia e precisou quebrar o vidro para entrar e pegar Jeremy que estava vermelho de tanto chorar.

Uma busca rápida, crente que a amiga tinha ido se despedir do marido pela última vez e acabou se ferindo, o levou para o corpo destroçado. Ele a reconheceu, as roupas, a linha azul no antebraço e parte do rosto ainda estava intacto, mas tudo mais... Aquilo sim podia ser considerado o ataque de uma fera faminta e selvagem. O perito criminal se espantou e garantiu que pela quantidade de sangue e pela expressão congelada no que sobrou do rosto da médica, ela tinha sido comida viva.

Então Matt fez seu papel de xerife e foi relatar os acontecimentos aos familiares, no caso Stefan e Caroline que estavam se arrumando para sair em viagem de lua de mel. Jeremy era órfão, perdeu os pais no período curto de uma semana. Seus tios estavam em choque. Como é que Elena tinha morrido? Quem a matou? E é claro que para eles haviam um suspeito óbvio, um que tinha ameaçado a vítima ainda no outro dia.

...

Pensar com alguma coerência depois de toda a informação em retalhos que foi contado por Klaus não era fácil. Cade, o homem que Sibyl veio "libertar" nada mais era que o diabo em pessoa. O inferno era real, não que isso os surpreendesse, se havia um lugar para os espíritos depois da morte a existência de um lugar punitivo não era lá algo de assombrar, curiosamente, saber que havia mesmo um diabo era que tinha deixado a família espantada.

Elijah não trouxe de suas viagens nada que pudesse colaborar com a coisa que ele já sabia á respeito de Cade, na verdade a mitologia em torno de demônios era tantas que Elijah tinha se sentido um pouco tolo quando perguntava para bruxas anciãs de covens quase tão antigos quando sua espécie e lhes olhavam como se ele estivesse perguntando algo improvável.

Klaus Mikaelson, Silas, Hollow, Mikael, Tristan de Martel, até o nome de sua tia Dália foi citado como sendo demônios pelas bruxas com quem ele conversou pelas regiões do norte europeu por onde passou antes de ser chamado por Rebekah. Mas sobre a cultura de um ser diabólico tão antigo quanto o irmão sugeriu que ele encontrasse foi impossível, não havia quem falasse de um mal mais antigo que Silas e Qetisyah.

Do lado de fora da mansão ele observou Freya caminhando pela horta de ervas que Bonnie tinha começado a cultivar, Faith saltitava ao seu lado falando sem parar sobre as plantas e sobre as sementes que Finn tinha trazido para ela e sobre quando ia poder plantar. A tri-híbrida acordou animada e estava numa felicidade contagiante, pediu até que ele ligasse para Caroline por que precisava falar com Stefan, sobre o que ela fez mistério, por que era importante falar com Stefan.

Ele não ligou, o casal devia estar saindo da cidade para a lua de mel e por mais que ele adorasse estragar os raros momentos felizes das pessoas ao seu redor, não estava com cabeça para lidar com aqueles dois. Estava com uma preocupação mais importante que as visões complexas que a filha tinha, ele precisava descobrir como matar Cade.

Da única conversa detalhada que teve com Bonnie sobre o ex-marido, soube que uma vez morto ele retornava para o inferno, então precisava ser uma morte definitiva que o extinguisse como espírito e o impedisse que importunar Bonnie – por que mesmo morta o espírito dela vivia e ele não ia permitir que Cade fosse atrás de sua bruxa nem no inferno.

Cade não era imortal, não podia enfiar aquela estaca contra imortais nele. Também não era um tipo vampiro ou bruxa, não era lobisomem ou alguma espécie hibrida. Cade era apenas humano psíquico e de algum modo conseguia ser pior que todos os inimigos que ele derrotou ao longo de seus mais de mil anos.

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