Sangue Real - TVD

39 - Canção mortal da Rainha

Foi simultâneo.

Hollow jogou a adaga na direção de Bonnie, teria acertado seu coração uma vez que a barreira invisível do círculo de sal havia se desmanchado quando atacou a bruxa-nativa.

Klaus acelerou na direção da adaga, mesmo não tendo ainda recuperado nem a metade de suas forças, conseguia ser dez vezes mais rápido do que um humano atlético jamais seria.

Bonnie piscou os olhos voltando aos verdes-oliva naturais.

Ela não evitou um gritinho de susto quando a mão cadavérica apanhou a enferrujada adaga centímetros do seu peito, deu um passo para trás tropeçando e quase caindo, mas foi amparada. Arregalou os olhos, engolindo o grito que se formou na sua garganta. Klaus tinha a impedido de cair, mas ele parecia tão... morto.

- Ai meu Deus! – ela se agitou ficando em pé e o encarando – Você está... Ai Deus! Se cortou? Está doendo? Onde se feriu?

Virou a mão dele, tirando a adaga cujo cabo ele ainda apertava, não havia sinal de ferimento, mas isso não mudava que ele estava com um aspecto cinzento demais, começou a procurar qualquer sinal de que foi ferido. Klaus sorriu divertido com a preocupação da bruxa, ela era quem quase foi atingida pela adaga e era com ele que se preocupava.

- Estou bem.

- Parece que está dessecando – estendeu o braço para ele quando se deu conta – Tome, beba.

Klaus a observou com atenção, segurando seu rosto e a fazendo olhar para ele procurando vestígio de que ela não estava no seu limite outra vez. Nada. Bonnie estava em seu estado normal, só estava preocupada e um tanto apavorada com a situação dele. Klaus pegou o pulso oferecido e depositou um beijo na pele aquecida e a puxou pra seus braços. Bonnie apoiou o rosto no peito dele, o abraçando.

- Estou bem, Bonnie – repetiu – Não me cortei com a adaga.

- Mas precisa de sangue, precisa se recuperar de seja lá o que foi.

Puxou os cabelos para o lado expondo o pescoço para ele.

- Hollow tentou me matar – contou beijando o pescoço da bruxa, se recusando em mordê-la – Drenou toda minha energia e fiquei assim, só preciso descansar e ficarei bem.

Mencionar o nome da bruxa maligna fez Bonnie lembrar da razão por qual tinha acelerado o processo e retornado para a realidade. Aconteceu que quando viu Klaus com aquele aspecto ficou tão preocupada pela vida do híbrido que esqueceu todo o resto, ela preferia que ele tomasse seu sangue e se restaurasse por completo, já tinha entendido que ele não faria isso então não insistiu. Um pouco relutante se afastou dos braços do híbrido e se voltou para...

- Cadê Inadu?

Kol que estava abraçado á Davina emocionado com a namorada ter retornado ao que era, consciente de quem era e sem nenhum resquício da perturbação mental que havia obrigado Marcel á trancá-la num hospício, se virou quando ouviu a pergunta da cunhada.

Freya estava próxima de Ivy e Vincent que tinha despertado e sentido o gosto de sangue na boca, o que foi explicado pela vidente que fora uma pequena ajuda de Klaus para sua recuperação por que ela duvidava que pudesse curá-lo com magia sem ajuda de pelo menos um coven. Os três olharam ao mesmo tempo para a bruxa, depois para todo o espaço em volta em busca da bruxa-nativo.

Davina e Freya optaram por retornar á realidade sob seu próprio domínio, não queriam mais ser controladas e as duas tinham certeza que Bonnie falava muito sério sobre poder controlar suas mentes.

Ninguém tinha reparado no sumiço de Hollow, exceto Klaus que se mantinha atento a cada movimento do inimigo, mesmo enquanto tranquilizava Bonnie sobre seu bem estar. Hollow tinha se transportado assim que Bonnie deu sinal de ter saído de seu transe, tinha parecido estranho que ela fugisse daquele modo, então ele tinha expandido todos os sentidos ao máximo á espera de algum ataque surpresa, por isso não quis tomar o sangue de Bonnie, no momento ela era a melhor defensora que havia contra Hollow.