Behind The Smile (Ariana/You)

Chapter (19)

Estou de volta em menos de três dias em.

Espero que vocês gostem do capítulo de hoje.

Boa leitura!

∆

POV S/N.

Eu em anos estava me sentindo feliz de verdade. Está com a Ariana eu, não sabia explicar o quão maravilhoso era. Eu estava me sentindo uma adolescente perto dela.

Eu já tinha acordado a algum tempo do nosso cochilo, passamos o dia conversando na piscina, e também a gente deu uma caminhada pela praia. Ela estava agarrada em mim, e eu tenho certeza que ela estava dormindo, a respiração dela estava bem calma e as mãos dela estavam paradas. Geralmente quando estamos abraçadas, ela fazia algum carinho em mim, seja na cabeça, nas costas, ou barriga, ela sempre movimentava as mãos dela em mim.

Eu tinha que agradecer a Paola por ter me dado um empurrão, se não essa hora eu estaria lá em casa me sentindo culpada por não ter aceitado ter ficado com a Ariana aqui.

Paola me falou que a consulta estava marcada para o dia 28 de dezembro, eu iria fazer todos os exames para ver como o meu caso poderia ser resolvido e se poderia ser resolvido. Fazia tempo que eu não rezava, que eu não acreditava em nada, mas desde que ela me disse que já estava marcado, eu rezava, eu rezava a todo momento que eu pensava sobre isso. Eu queria voltar a enxergar, eu queria vê a Ariana, eu queria saber como ela era. Eu estava morrendo de medo que isso desse errado, tudo o que eu não queria era criar a expectativa de dá certo, mas não podia não criar, era impossível.

Eu tinha a ciência de que podia dá em nada. E eu não poderia deixar isso me abalar se caso acontecesse, até porque eu não poderia deixar que a Ariana e minha vó desconfiasse de algo se não desse certo.

– Estou sentindo o cheiro do seu cérebro fritando. – Eu escutei a voz roquinha da Ariana. Eu havia me perdido em pensamentos e nem percebi que ela havia acordado.

– Como você sabe que eu estou acordada se eu estou quieta e com os olhos fechados? – Perguntei a ela.

– Você franze a testa quando está pensando. – Ela me respondeu. – O que tanto pensa? – Eu não podia contar a ela. Eu tinha que inventar algo pra responder.

– Sobre a minha viagem para o Canadá, tenho que comprar roupas de inverno. – Foi a primeira coisa que veio na minha cabeça nesse momento.

– Eu tinha me esquecido dessa viagem. – Eu podia sentir que ela estava triste com isso. – Você sempre quis fazer a pós lá? – Ela estava tentando não me mostrar que estava incomodada com isso. Eu podia sentir uma certa diferença na voz dela e no modo que o corpo dela estava tensionado.

– Sempre não, mas era algo que eu cogitei algumas vezes antes de tudo acontecer. – Eu tinha que manter essa mentira até o fim.

– Você ia com a Bruna?

– Não, eu nunca disse pra ela sobre isso. E também era um sonho um pouco distante naquela época.

– Por que?

– Eu não ia ter dinheiro pra me manter lá, e eu estava construindo uma vida aqui com ela, a gente já ia se mudar, e eu ainda tinha que pagar a faculdade, depois de um tempo eu iria ter que começar a pagar o aluguel do nosso apartamento, o dinheiro que eu iria ter da venda do carro, dava pra manter até a formatura, a gente não sabia como a mãe dela ia reagir quando soubesse do nosso namoro, então a gente não contamos com o apoio dela, era só eu e ela. E tudo o que tínhamos, era para a gente terminar a faculdade, manter o apartamento e pagar as contas básicas. Ou seja, até a formatura e a gente arrumar um trabalho na nossa área, podia demorar muito, não dava pra eu sonhar em sair daqui sem nada, me entende? – Nunca quis sair daqui pra estudar fora, na verdade nunca pensei nessa possibilidade, e mesmo se eu pensasse, não daria, a gente não sabia como as coisas iam ocorrer naquela época.