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Pego o meu celular do bolso de trás do meu short e olho as horas vendo que já se passam das uma da manhã, estou voltando de uma festa na casa do meu ex-cunhado, que mora quase que no fim do mundo e agora vejo que foi uma péssima ideia ter negado a...

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Pego o meu celular do bolso de trás do meu short e olho as horas vendo que já se passam das uma da manhã, estou voltando de uma festa na casa do meu ex-cunhado, que mora quase que no fim do mundo e agora vejo que foi uma péssima ideia ter negado a dormir lá.

Minha irmã e ele se separaram tem quatro anos e até hoje tenho amizade com ele, pois eu nunca me dei bem com ela, na verdade, ela me odeia e eu nem sei o motivo disso. Ela agora está morando no Japão, ela casou e agora espera trigêmeos.

- Precisa de ajuda? - Pulo assustada no banco e olho para o vidro vendo um homem com cara de mal, ele me dá medo. Abaixo o vidro um pouco e coloco a minha mão sobre a arma em baixo do banco. - Precisa de ajuda? - Volta a perguntar e olho as tatuagens em sua mão.

- Sim, meu carro parou de funcionar e não sei o que fazer para voltar para casa. - Digo e ele olha o meu carro por inteiro e volta a olhar para os meus olhos.

- Abre o capô e vê se guarda essa arma, eu não irei fazer nada com você. - Fala caminhando em direção a frente do meu carro e fico de boca aberta ao ver que ele presta atenção em tudo. - Vai abrir ou não? - Grita dando dois tapas no capô.

Abro e saio do carro ajeitando o meu short, pego o meu moletom e o visto. Bato a porta do carro e olho para trás vendo um Hummer H3 parado com os faróis altos ligado em minha direção. Caminho até a frente do carro e olho o homem mexer no carro.

- Faz quanto tempo que não troca a bateria do carro? - Pergunta dando um rápido olhar em minha direção e vejo o seu olhar descer pelo meu corpo e parar em minhas coxas, ele balança a cabeça de um lado e para o outro, parecendo querer tirar algum pensamento da sua cabeça e apenas o olho atenta.

- Na verdade, eu nunca troquei, tem apenas um ano que eu o comprei. - Explico para ele e o mesmo assente fechando o capô e limpando a mão em um pano que tira do bolso da calça social que usa.

- Seu carro está sem bateria e pelo que vi, os pneus estão carecas, não é muito recomendável andar com ele nessas condições. - Falo olhando em meus olhos e assinto.

- Obrigado por me ajudar, agora vou ter que esperar até amanhã de manhã para ligar para o Félix. - Digo olhando para dentro do carro e bufo abrindo a porta.

- Quer que eu te deixe em sua casa? - Pergunta passando a mão sobre o cabelo e o olho por um momento, não o conheço e vai que ele me sequestra? Não, não, péssima ideia.

- Não, obrigado, minha mãe me disse para não aceitar ajuda de estranhos. - Digo dando um sorriso nervoso de canto.

- Se fosse para fazer algo de ruim com você, eu teria feito faz tempo e não ficar batendo papo furado no meio de uma rua deserta. - Diz revirando os olhos. - Vai querer ou não? Essa rua é perigosa, não é muito recomendável uma moça como você ficar sozinha aqui. - Fala parecendo que conhece todo o lugar.

- Tudo bem, mas se você fizer alguma gracinha; eu meto um tiro no seu cú. - Aviso e o idiota apenas solta uma risada alta e começa a caminhar até o seu carro. Abro a porta do meu carro e me abaixo pegando a minha bolsa, meu celular e a arma que escondo debaixo do banco. Saio do carro e olho pelo retrovisor o homem que me ajudou me encarando, fecho a porta e travo o carro acionando o alarme.

Por Trás Dos Seus Olhos - Livro únicoOnde histórias criam vida. Descubra agora