Jade Stone é uma mulher pé firme e mente focada, tendo certeza das suas decisões e das suas escolhas a todo momento. Ela não se importa com a opinião da sociedade, sabendo que se fosse por ela, nunca teria suportado a pressão de vir de uma família p...
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— Eu falei para esse filho da puta não engravidar a minha filha, na próxima meto um tiro na tua boca. — Meu pai diz parecendo estar com uma mistura de sentimentos e minha mãe se aproxima dele, segurando com às duas mãos no rosto dele.
— Endoidou, pai? Por que fez isso? — Pergunto enquanto limpo o fiapo de sangue que escorre pelo canto da boca dele. K9 tenta levantar e o empurro de volta para cama. Caminho em direção ao banheiro e pego a caixa de primeiros socorros, volto para o cômodo e vejo os dois se encarando mortalmente, como se quisessem se matar. Sento-me ao lado do K9 e abro a caixa, pego o antisséptico e molho o algodão, passo ele lentamente no canto da boca do Mattia, e sinto a mão do mesmo em minha barriga, fazendo uma leve carícia.
— Desculpa. — Ouço a voz do meu pai e olho em direção a ele, o vendo com uma expressão emburrada. Aposto que mamãe o obrigou a dizer isso, pois o mesmo não é de pedir desculpas. — Jade tem apenas dezenove anos, ela ainda é uma criança para mim, não gosto de ver minha menina crescendo tão rápido, me traz um sentimento estranho. — Papai diz sendo sincero e o vejo encarando um ponto fixo do quarto. — Você não é o homem que eu planejava para a minha filha, sempre quis evitar que ela conhecesse homens da nossa laia, pois sei o quão ruim é o nosso mundo. — Ele diz olhando fixamente nos olhos de K9 e vejo que o mesmo olha para o meu pai com atenção, parecendo ter deixado o ódio para trás. — Tenho medo de perder a minha filha, e sei que você mantê o mesmo medo, pois sabe o que acontece por dentro do mundo do crime. — Papai diz e desvio o meu olhar em direção a minha mãe, que tem uma expressão triste no rosto.
Minha mãe passou por momentos difíceis no relacionamento com o meu pai. Quando ela estava gravida do meu irmão, ela foi sequestrada por uma gangue rival, eles a mantiveram em cativeiro por quase dois meses e se não fosse pelo meu pai a ter achado, ela provavelmente teria morrido. Meu pai disse que após esse acontecimento, nunca mais deixou mamãe fora das suas vistas, onde ele vai, ela está junto, vice e versa.
— Jade é protegida por mim e por meus homens, eu irei fazer de tudo para proteger ela e o meu filho, nada e nem ninguém ira tira-los de mim. — K9 diz de uma forma que enche de promessas e apenas ouço tudo em silêncio.
— Estou confiando a vida da minha filha em suas mãos K9, pois sei que é um homem que honra e cumpre com a sua palavra. — Meu pai diz parecendo deixar a rivalidade de lado, mas em seguida direciona um olhar sério ao K9. — Mas caso algo venha acontecer com a minha filha, você pode ter a certeza de que te caçarei até no fim do mundo e o matarei, e estou pouco me lixando para o contrato de aliados, pois minha filha é meu bem precioso.
— Eu farei o possível e o impossível para mantê-los seguro, e o senhor tem a minha palavra. — Mattia fala ainda com a mão em minha barriga e direciona o olhar para os meus olhos. — Se eu os perder, a minha vida acaba, pois, não existiriam motivos para eu estar aqui. — K9 diz de uma forma profunda e sinto um certo medo dentro de mim, pois não quero perde-lo.
