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Se você não contar, eu conto

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Um barulho esquisito me acordou do sono.

Abrindo meus olhos, acostumando-se com a escuridão do quarto, o corpo grande de Jaebum se mantinha perto de mim, os braços em volta da minha cintura de maneira protetora e os olhos fechados, enquanto a respiração, pesada, ia e vinha lentamente.

Ele deveria estar tão cansado.

Passando a mão por seu rosto, o segurança se mexeu lentamente e me apertou um pouco mais, fazendo-me sorrir. Me sinto tão protegida perto dele, como se nada fosse capaz de me fazer mal.

Se depender dele, eu sei que não é.

- Mantenha segredo, está bem? - frente a porta, consegui ouvir murmúrios baixos.

- Manter segredo? Por que? Você deveria ser sincero com ela, Holden. Agora que temos consciência disso, Nalu deveria saber. Era a mãe dela.

- E a mulher eu amei! - gritou o prefeito.

A luz do corredor encontra-se acesa e me desvencilhando de Jaebum, calcei meus pé, caminhando até a barreira que me impedia de atravessar de uma vez. 

Suspirando, girei maçaneta cautelosamente, apenas o suficiente para ser capaz de espiar o local cujo as vozes foram emitidas.

Frente a porta do escrito de papai, ele e um homem encontravam-se parados, em pé, como se não pudessem esperar qualquer segundo a mais para discutir aquele assunto tão importante.

- Se você não contar, eu conto.

- Não pode fazer isso - Holden antecipou. - Ela não vai aguentar, Cedric.

- Prefere que a sua filha viva todos esses anos iludida com a ideia que a mãe morreu de uma doença grave, ao invés de contar que ela foi assassinada, prefeito? É isso? Colocaram veneno na comida dela, Holden! Ela estava morrendo lentamente e ninguém percebeu. Foi tudo uma armação e você prefere ficar parado, sem tomar as devidas medidas contra o hospital, as investigações, tudo o que aconteceu durante aqueles anos dolorosos? Que tipo de ser humano você é?! - Cedric gritou.

E aquelas palavras foram como bombas em meu peito.

- Como assim... - eu me deixei levar pelo calor do momento e atravessei a porta, caminhando com passos lentos até eles. - Como assim ela foi assassinada?

Ambos me olharam estáticos. Holden com a expressão surpresa, enquanto o outro homem, Cedric, parecia tentar me reconhecer. Ele me analisou por alguns minutos, até que veio em minha direção, abraçando-me com força.

- Nalu... - disse, com sobrancelhas baixas. - Sinto muito, querida...

Eu me afastei dele, sem expressão. Meus olhos embaçados pelas lágrimas. Não conhecia esse homem, sequer recordava-me de ter visto ele em algum momento da minha vida e, pra ser sincera, quem ele era não importava em nada.

- Como ela morreu? - perguntei outra vez. - Quem diabos fez isso com ela? O que você sabe? Por favor, eu preciso saber. Eu preciso... preciso de respostas.

Cedric encarou Holden. Os olhos suplicando para que ele cedesse. Para que desse permissão ao homem e ele finalmente me falasse tudo.

O prefeito suspirou, passando a mão nas madeixas castanhas.

New security ❄ Im JaebumOnde histórias criam vida. Descubra agora