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Antes da luz
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O som veio antes da luz.
Um bip intermitente, ritmado, que me puxava de volta à consciência como uma corda arrastando algo do fundo do mar.
Abri os olhos devagar. O teto branco do hospital me recebeu com uma claridade fria. O ar cheirava a desinfetante, e algo pesava sobre meu braço, um soro.
A dor no ombro ainda latejava, um eco surdo que lembrava cada segundo do caos.
Por um instante, tentei respirar fundo, mas o movimento fez o ferimento pulsar.
Engasguei.
- Ei, calma - a voz veio firme, mas suave. - Você está segura.
Jaebum.
Ele estava ali, sentado ao lado da cama, com a postura de sempre. Atento, controlado, mas os olhos denunciavam noites sem dormir. As olheiras profundas contrastavam com o semblante calmo que ele forçava.
- Onde... - minha voz saiu rouca, áspera. - Onde está meu pai?
Ele hesitou, o suficiente para eu perceber que algo não estava certo.
- Está vivo - disse por fim. - O ferimento foi superficial. Está sob cuidados, mas fora de perigo.
Fechei os olhos, sentindo o alívio e a angústia se misturarem.
- Então... então ele está bem.
Jaebum apenas assentiu.
O silêncio que se seguiu, porém, não foi reconfortante. Era pesado, como se algo ainda estivesse pendurado no ar.
Olhei ao redor. O quarto era amplo, mas discreto. Nenhum logotipo do hospital.
Sem flores, sem janelas abertas. Apenas um relógio na parede e uma cortina translúcida separando meu leito de uma porta fechada.
- Onde estamos? - perguntei, desconfiada. - Isso parece... sigiloso demais pra um hospital comum.
Ele desviou o olhar.
- É um centro médico militar. Mais seguro.
- Militar? - franzi a testa. - Desde quando eu preciso de segurança militar, Jaebum?
- Desde que tentaram matar o seu pai.
A resposta cortou o ar como uma lâmina.
Ficamos em silêncio. O som dos aparelhos era o único ruído no quarto.
- Eles sabem quem foi? - perguntei, enfim.
Ele respirou fundo.
- Ainda não. Dois atiradores foram confirmados. O primeiro foi abatido, o segundo... sumiu.
- Sumiu? Como assim sumiu? - minha voz se ergueu, trêmula. - Ninguém viu pra onde ele foi?
- Há câmeras, mas os arquivos foram apagados. Hackeados, talvez. O governo está tentando restaurar as gravações.
Dei uma risada seca.
- Claro. Sempre tem um "talvez". Sempre tem um "apagaram as provas".
Jaebum não respondeu. Só me observava.
Algo nele estava diferente. O jeito de me olhar, mais cauteloso do que o normal. Como se medisse cada palavra antes de dizer.
- Quantos dias eu fiquei desacordada?
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New security ❄ Im Jaebum
FanfictionNalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início de sua vida adulta, entretanto, ela não é nem um pouco responsável. Após a morte de sua mãe, a menina passou a viver sua vida como se foss...
