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Frágil

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Assim que estacionou, o segurança contou a quantidade restante das balas dentro de sua arma e saiu do carro. Mas não antes de pedir que eu ficasse até informar que de fato, estávamos seguros.

O local que nos encontrávamos era deserto. Assemelhava-se com aqueles tenebrosos cenários de terror e isso fazia meu coração palpitar de insegurança.

Não havia postes de luzes, animais, ou qualquer movimento estranho que não fosse ocasionado pelo vento forte, balançar das árvores mais afastadas, meu segurança e eu.

Caminhando em direção ao que mais se igualava com um depósito abandonado, ele atirou algumas vezes na tranca da porta e entrou. Não havia janelas em volta do local, mas notei algumas câmeras. Elas observavam tudo em volta e talvez nos vigiasse também.

Demorou alguns minutos até que uma luz acendeu, iluminando a porta aberta. Em seguida, Jaebum saiu. Emanava expressões calmas, mas seu interior, ou melhor, no interior de seus olhos, havia um certo incômodo. Era como se não quisesse estar ali, mas ainda assim fosse sua única opção.

- Está seguro, pode vir! - escutei ele sussurrar com os lábios e acenei.

Senti a grama pinicar meu vestido enquanto caminha em sua direção, todavia, ignorei, antes de olhar para trás uma última vez.

Era mais seguro esconder o carro dentro de algum local menos óbvio, mas o mato, junto a escuridão da noite, conseguiam muito bem realizar esse trabalho.

- Que lugar é esse? - indaguei, mas ele apenas entrou, sem responder.

Fiz o mesmo, surpreendendo-me com o quão diferente era. De fora, tudo o que parecia ser era um simples espaço velho e abandonado, completamente esquecido pelas pessoas e mundo. Pela tecnologia. Contudo, dentro, era uma casa. Uma espaçosa e bela casa normal, camuflada para que ninguém soubesse a existência.

Antes de entrar, imaginei até que as câmeras fossem falsas, por causa da falta de postes ao redor, mas observando o teto transparente em cima de nós, havia alguns fotovoltaicas, o que significa que a energia era totalmente produzida pela luz solar. Isso era incrível. Surpreendente, por assim dizer.

Jaebum passou por mim e acendeu o restante das luzes. Os móveis da sala estavam cobertos por um pano branco empoeirado e fora isso, a organização era notável. Tão notável, que combinava com o segurança. O ambiente. A organização. Os livros na prateleira. Todo esse senso de responsabilidade de ar maduro.

Comecei a andar distraída pelo local enquanto meu segurança retirava os panos dos móveis e jogava-os em uma das portas do corredor. As paredes eram brancas, os móveis requintados em tons de marrons e preto. Quadros pintados a mão, somente com três cores: branco, cinza e preto.

Passei pela cozinha, analisando-a rapidamente e então dobrei o corredor, onde imaginei ser os quartos. Estava curiosa. Muito curiosa. Porque, se eu estivesse certa, talvez esse fosse um dos locais secretos do meu segurança. E mesmo que o motivo não fosse os melhores, ele havia tido a coragem de me mostrar.

Abri os dois primeiros quartos. Eram normais. Simples, embora não tão calorosos, mas bonitos. Caminhando para mais fundo do corredor, onde o último quarto encontrava-se aparentemente solitário, levei minha mão até a maçaneta e comecei a empurrar, sentindo a madeira ranger levemente. Mas não só isso, escutei, um pouco distante, meu segurança gemer de dor.

New security ❄ Im JaebumOnde histórias criam vida. Descubra agora