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Por breves segundos
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Eram exatamente sete horas da manhã, quando Tereza, nossa governanta, bateu fortemente na porta do meu quarto, fazendo-me cair da cama por conta do susto.
- Pelo amor de Deus! - ela gritou um pouco alto, ao adentrar no quarto e me ver no chão. - Você está bem? - Tereza correu em minha direção, me ajudando a levantar.
Fiz uma careta, coloquei a mão na cabeça levemente e acenti, antes de dizer:
- Bom, acho que pior que meu estado atual não pode ficar. - sentei na cama novamente, encarando a porta quando a mesma moveu-se um pouquinho, e meu novo segurança entrou. No mesmo instante, as lembranças da noite passada voltaram, me fazendo perceber que tudo havia sido real.
- Algum problema? - o segurança perguntou, olhando ao redor.
- Não, nenhum problema, querido. Eu apenas me alterei um pouco, sinto muito. - Tereza respondeu, sorrindo para o segurança, que acenou e logo encostou-se na parede ao lado da porta, cruzando seus braços e permanecendo inexpressivo.
Tereza voltou sua atenção para mim, e só então percebi que ela segurava alguns vestidos em sua mão direita.
- Seu pai pediu para que eu lhe acordasse. - ela informou. - O café da manhã será servido as oito, e contará que a presença de alguns convidados.
Ergui uma sobrancelha.
- Quem são os convidados, Terê?
- Eu não sei, querida. - ela juntou as sobrancelhas, parecendo triste por não ter a resposta para minha dúvida. - Isso foi tudo o que ele disse. Mas, de qualquer forma, devem ser bastante importantes, já que ele exigiu sua presença.
- Certamente tem algum garoto na história. - eu revirei meus olhos.
Meu pai sempre achou que se um dia eu gostasse de alguém, deveria ser um garoto influente no meio político. Por isso, sempre que havia um deles em meios aos seus compromissos "simples", como um café da manhã em sua casa, ele tinha o prazer de me chamar também. Mas confesso que era um tédio. Tudo o que eu fazia era ficar parada, acompanhando a conversa atentamente enquanto sorria nos momentos certos, concordava nos momentos certo, e agia como um robô. Todavia, por mais que eu odiasse isso, se fosse para ajudar o papai... estava tudo bem por mim.
- Caso esteja certa, apenas aproveite. Todos os garotos estão sempre de olho em você mesmo, que mal teria nisso? Aproveitar? Você ainda é jovem. - ela piscou para mim.
- Se isso não fosse um dos planos de papai, eu até aproveitaria. Mas... sabe, Terê, os amigos do papai tem uma ótima genética, não? Seus filhos são sempre fortes e... - parei de falar ao escutar o segurança tossir algumas vezes. - Bom, eles são diferentes desse aí. - apontei para o segurança, que ergueu uma sobrancelha.
- Pelo visto vocês não se dão muito bem, huh? - ela perguntou.
- Você não faz ideia do quanto. - eu respondi.
Não se fazia nem dois dias direito que nos conhecíamos, parecíamos como cão e gato: nada compatíveis.
- Bom, tenho que ir. Espero que não se matem enquanto eu estiver fora, e por favor, Nalu, não esqueça, começa às oito. - Tereza soltou uma risada, depositou os vestidos ao meu lado da cama, e levantou-se, caminhando em direção a saída. Mas, antes disso, depositou um tapinha leve no ombro do segurança.
Após fechar a porta do quarto, o segurança me encarou e disse, num tom um tanto julgatorio.
- Esse aí?
- Esse aí. - concordei, rindo. - Eu não sei seu nome, amigão. Você esqueceu?
- Então está me chamando de qualquer coisa, apenas por que não sabe meu nome?
- É, tecnicamente é isso sim.
O segurança me encarou por alguns segundos e retirou algo de seu bolso direito.
- Por que agir de forma tão infantil assim? - ele perguntou. Notei que o que ele havia pegado era uma caixinha de metal, onde haviam alguns cigarros e um esqueiro pequenino.
- Tem certeza que eu sou a infantil? - ergui uma sobrancelha. - Não sou eu que estou tentando esconder meu nome, se é que me entende.
- Mas está tentando invadir a privacidade dos outros. - ele acendeu um cigarro, guardou o esqueiro na caixinha novamente e colocou-a no bolso. - De qualquer forma, vim aqui para ver se estava bem e, pelo visto, melhor impossível. Acho que está na hora de você ir se arrumar, então esperarei do lado de fora, qualquer coisa é só me chamar.
O segurança se retirou do quarto, me deixando sozinha novamente. Suspirei, me levantando da cama e indo em direção ao banheiro.
Ontem á noite, quando voltamos para casa, eu estava tão mal que sequer conseguia andar direito. Meu emocional e físico estavam totalmente ferrados e, se não fosse por meu segurança, talvez eu não estivesse voltado em segurança,
Não seja uma babaca, Nalu. Me repreendi mentalmente. Não seja uma babaca e aja certo ao menos uma vida na sua vidinha.
Soltando um suspiro pesado, dei meia voltei e caminha na direção da porta, abrindo-a. Como havia dito, meu segurança estava do lado de fora, fumando seu cigarro de forma concentrada.
- Ei, amigão. - eu o chamei.
- Huh? - ele murmurou.
- Fumar faz mal para a saúde. Você pode acabar morrendo, sabia?
- Cada ação uma reação, óbvio que eu sei. - ele respondeu. - Mas por que está se importando comigo de repente?
- Porque eu ainda preciso de um segurança. - respondi. Por breves segundos, um brilho estranho surgiu nos olhos do meu segurança. E esses breves segundos, foram o suficiente para me dar a coragem necessária para agradecê-lo. - Obrigada por ontem.
- É apenas o meu trabalho. - ele sorriu levemente. - Agora vá se arrumar.
- Estou indo, estou indo. - revirei meus olhos.
É, talvez ele não fosse tão inútil assim.
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New security ❄ Im Jaebum
FanfictionNalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início de sua vida adulta, entretanto, ela não é nem um pouco responsável. Após a morte de sua mãe, a menina passou a viver sua vida como se foss...