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Aplausos

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Após desligar a chamada de vídeo, anotei o endereço da delegacia no primeiro papel que vi em minha frente, peguei as chaves do meu carro e corri em direção a porta, passando pelos corredores e indo até a escada. Eu estava tão distraída olhando para o chão enquanto caminhava e pensava se Jackson estaria bem, que sequer notei o momento em que me esbarrei em alguém enquanto terminava de descer e me desequilibrei.

- Opa! - meu segurança disse, segurando minha cintura e me puxando para perto dele, de modo que eu não caísse. - Preste mais atenção por onde anda. Está fugindo de um fantasma, por acaso? Você parece nervosa.

Tentei ignorar o modo como seu toque causou um leve arrepio em minha pele, mesmo que a mesma estivesse coberta por uma enorme camiseta xadrez, e apenas disse:

- Você é mais forte do que eu imaginei, amigão. - soltei um leve sorriso ladino, olhando-o nos olhos. Não entendia o motivo, mas estava começando a ficar divertido provoca-lo, mesmo que pouco.

- Já disse que não somos amigos. E, para ser sincero, não se precisa usar muita força para segurar você. - ele disse, me soltando e dando um passo para trás. - Aonde está indo?

- Por que acha que...

- Suas chaves. - o segurança não esperou eu terminar de falar e apontou em direção as chaves do meu carro.

- Bem, isso... - encarei as minhas chaves, sem saber que desculpa inventar. Mesmo que eu pudesse levá-lo tranquilamente a delegacia comigo, já era estranho demais ser encarada pelas pessoas por ser a filha do prefeito, quem dirá a filho do presente que saí de casa com um segurança. - Digamos que eu estou indo resolver uns probleminhas.

- Tudo bem, vamos juntos então.

- Ah... não. Não mesmo. - comecei a negar. Definitivamente eu não o levaria para dentro da delegacia comigo. - Sinto muito amigão, mas você fica.

Ele soltou um pequeno sorriso, e se não fosse pela situação atual, eu até consideraria ser mais legal com ele, apenas para que ele durasse mais alguns segundos. Talvez minutos.

- Sou seu segurança, Nalu. Aonde quer que você vá, tenho que estar no mínimo a um ou dois passos atrás de você. - ele disse, se aproximando de mim e estendendo uma de suas mãos. - Me dê a chaves do carro, nós vamos juntos.

- Nós não podemos entrar em um acordo? Vou resolver meus problemas agora, depois disso eu volto e você vai a todos os lugares comigo. - tentei a sorte.

- Sem chances. Você não se esqueceu de ontem á noite, não é? Deixei você sozinha naquela festa por apenas duas horas e aquele cara quase... - ele parou de falar de repente, e apenas me encarou. - Por acaso você está indo visita-lo?

- Acha que eu iria visitar alguém vestida assim? Ainda mais um garoto? - perguntei, apontando para mim mesma. Eu usava uma camiseta xadrez, um jeans azul bem antigo e um all-star.

O segurança me encarou por alguns segundos, e parecendo acreditar em mim, disse:

- Não há nada de errado com essas roupas. Combinam com você.

- Agradeço o elogio, mas isso ainda não muda a situação atual: eu vou sozinha.

- Por Deus, Nalu. Por favor, facilite as... - sem esperar ele terminar de falar, comecei a correr em direção ao jardim e nem mesmo me dei o luxo de olhar para trás. Primeiro pois eu sabia o quão idiota e infantil esse meu ato era, e segundo porque eu estava com muito medo do meu segurança estar bem atrás de mim.

Olhei ao redor do jardim, procurando por um Peugeot RCZ azul escuro e fiquei um pouco nervosa ao não encontra-lo em lugar algum. Por breves segundos, pensei que ele poderia ter sido levado para lavar, mas, bem, eu estava com as chaves, não estava?

- Espera... aonde está...

- Procurando isso? - a voz do meu segurança ecoou alto atrás de mim, me fazendo juntar toda a calma e serenidade que consegui, antes de virar e encara-lo sorrir descaradamente, enquanto segurava tanto as chaves do meu carro, quanto o papel com o endereço da delegacia.

- Como você pegou essas coisas da minha mão? - perguntei, tão surpresa quanto uma criança que vai ao show de mágica pela primeira vez.

- Truques de seguranças.

- Então... depois dos aplausos você me devolve?

- Sinceramente, eu não entendo você. Hoje de manhã você disse que ainda precisava de um segurança, mas agora está tecnicamente fugindo. Por acaso eu sou tão ruim assim?

Não, eu quis responder. Não era ele quem era ruim, e sim eu. Por isso, eu tentava sempre fazer minhas coisas sozinhas. Caso ao contrário, eu poderia machucar outras pessoas.

- Tudo bem, você venceu. - eu disse, estendendo os braços em um sinal de paz. Não queria deixar o clima estranho. - Mas você ao menos sabe aonde está o meu carro?

- Está do lado de fora.

- E eu posso dirigir?

- É melhor não.

- Por que não? Na verdade, seria perfeito. Pensa comigo, amigão, e se por acaso acontecer uma perseguição? Você não vai conseguir dirigir e atirar ao mesmo tempo.

- Seus históricos como motorista não é um dos melhores, e eu sei perfeitamente fazer as duas coisas ao mesmo tempo, não precisa ter medo. - ele respondeu. - Além disso, eu temo que você possa me jogar pra fora do carro enquanto eu estivesse distraído, tentando proteger você.

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desculpem os errinhos e não desistam da fic, galera. Só vou revisar os capítulos quando ela estiver concluída.
Eu te amo vocês!!!

New security ❄ Im JaebumOnde histórias criam vida. Descubra agora