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Negação
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- Totalmente sem chances! - bati meu pé em negação, observando a figura enorme que usava preto e estava de braços cruzados me encarar sem qualquer expressão. - Um novo segurança? Por que diabos eu iria precisar de um novo segurança?
- Talvez porque todos os outros seguranças antigos desistiram do cargo? - meu pai disse, erguendo uma sobrancelha, como se quisesse dizer "eu sei que você apronta, mocinha". Revirei meus olhos e suspirando, papai levantou-se de sua enorme cadeira de madeira e atravessou a mesa, parando em minha frente.
Embora eu soubesse perfeitamente o quão importante era para mim ter um segurança me acompanhando, principalmente no início das eleições... eu odiava a ideia de ter um cara ao meu lado praticamente 24 horas por dia. Era desconfortável e irritante.
- Pai, você sabe...
- Sim, eu sei que você não gosta da ideia, mas ela é necessária, Nalu. As eleições começarão em breve, e você sabe como tudo irá se tornar um caos. - ele disse, me interrompendo.
- Está bem, mas eu não acho que ele seja qualificado. - apontei para o segurança ainda inexpressivo ao meu lado. De alguma forma, ele parecia irritante.
Papai ergueu uma sobrancelha, tornando a veia em sua testa ainda mais visível.
- Por que não? - perguntou, cruzando os braços.
- Ele parece ser novo demais.
Sem conseguir evitar, soltei um suspiro, encarando novamente o segurança em minha frente.
Do que um provável segurança novato poderia ser capaz de me proteger? De uma barata? Porque caso fosse isso, eu realmente não precisava de ajuda. Nunca tive medo de baratas. Na verdade, eu facilmente as esmagavas, enquanto escutava as pessoas ao meu redor gritarem em pânico.
- Você não deveria julga-lo pela idade, Nalu. - papai informou.
Ergui uma sobrancelha.
- Então pelo quê exatamente eu deveria julga-lo? Pelo corpo? - o encarei de cima a baixo e novamente, voltei minha atenção ao prefeito. Ou melhor, ao meu pai. - Também não é dos melhores. Acho que de malhar um pouco mais...
- Pelo amor de Deus! - papai disse, me fazendo soltar uma pequena risada. Qual é, eu não poderia apenas ser sincera?
- Olha, se quiser me contratar um segurança, vá em frente. Mas não pense que irei realmente leva-lo comigo para todos os cantos que eu for. Você mesmo sabe, pai. Sou ótimas em sair despercebida. - disse.
Meu pai remexeu a gravata perfeitamente colocada em volta de seu pescoço, como se a mesma estivesse o enforcando, e voltou para a sua cadeira.
- Apenas durante a eleição, por favor. - pediu. - Você não irá morrer por conta disso. Na realidade, terá mais chances de sobreviver.
- Do que você está falando?
- Estou falando que sou seu pai, Nalu. - ele disse, cruzando os braços. - Consegue entender isso? Eu não seria louco ao ponto de contratar um novato incapaz de proteger de você, então confie apenas em mim. Apenas confie nele.
Havia um sorriso nos lábios de meu pai, demonstrando que me manter viva era sim importante para ele e, por alguns segundos, a possibilidade de deixar isso passar despercebido seria certeira. Isto é, se eu não tivesse olhado em seus olhos, e sua voz não tivesse saído tão estranha demais. Feliz demais. E eu conhecia meu pai bem o suficiente para saber que ele só agia assim quando queria esconder algo muito sério de mim.
Suspirei.
Pelo visto, nada que eu fizesse ou falasse naquele momento, mudaria a realidade: meu pai colocaria aquele segurança na minha cola, eu gostando ou não.
- Tudo bem. - disse, em um tom de rendição frustada. - Mas eu juro, só até essa maldita eleição. Quando você for eleito novamente, não quero mais segurança algum na minha cola. Combinado? - encarei meu pai, que pareceu suspirar aliviado.
- Combinado. - ele disse, por fim.
Após combinarmos mais alguns detalhes, papai me pediu para sair da sala, pois tinha uma reunião importante com algumas pessoas do governo e eu concordei, me retirando de lá o mais rápido possível. Odiava reuniões, e agradecia aos céus quando ele não me incluía nelas, apenas para mostrar sua bela filha aos demais, numa tentativa de faze-la sentir interesse pelos filhos de seus "sócios". Uma pena que nunca acontecia. Porque claro, se eu realmente estivesse encontrado alguém interessante, não iria perder a chance de dar uns belos de uns amassos.
Vou andando lentamente pelo corredor que dá acesso a escada, irritada ao ouvir os passos do segurança novo caminhando atrás de mim. Por mais que eu tentasse ignorar, eu realmente odiava isso! Era quase como ter um segundo corpo, e estar arrastando-o pelos cantos. Era quase como ser um fardo.
- Você não precisa me seguir agora, esqueceu? Seu trabalho só começa oficialmente amanhã. - informei, descendo as escadas e caminhando caminhando em direção a porta. Eu precisava ir ao jardim.
Por mamãe sempre ficar perto das flores quando sentia-se irritada, chateada ou até mesmo feliz, eu meio que também acabei pegando sua mania esquisita.
Para mim, observar as flores era o real colírio para os olhos. Além de ser relaxante, me fazia pensar que mamãe não havia ido embora realmente. Me fazia pensar que ela estava perto. Que estava feliz e saudável como nunca.
- É sério, vai descansar. - olhei para trás, onde o segurança novato estava parado, observando ao redor atentamente. Todavia, ele não me ouviu. Ou melhor, me ignorou.
Esse era um dos motivos pelo quais eu tanto odiava os seguranças que papai escolhia para mim: eles eram insistentes e nunca escutavam o que eu falava.
- Ei, qual o seu nome? - perguntei, quando percebi que ele não iria embora.
Sem resposta.
- Se está com raiva pelo que eu disse mais cedo... não leve para o lado pessoal, eu só não gosto de ser seguida em geral.
Novamente, nenhuma resposta.
Tentei perguntar-lhe mais algumas coisas durante o restante da tarde, na esperança que o mesmo me respondesse algo - qualquer coisinha mesmo -, mas desisti quando percebi que não adiantaria nada puxar assunto.
Então, voltei para o meu quarto e fiquei lá até receber uma mensagem bastante interessante.
"Festa na casa do vizinho rico, você topa ir? Começa às 22:00, senhorita filha do prefeito. - Scarlet."
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oi xuxus, espero que tenham gostado do primeiro capítulo!
amo vcs
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New security ❄ Im Jaebum
FanficNalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início de sua vida adulta, entretanto, ela não é nem um pouco responsável. Após a morte de sua mãe, a menina passou a viver sua vida como se foss...