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Arrepios

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Quando desci as escadas e caminhei em direção a sala de jantar, recebi, descontente, a imagem da última pessoa que eu desejava ver no momento: Mark.

No entanto, a imagem de seus olhos me encarando de cima a baixo e lábios sorrindo cinicamente para mim logo foi substituída por meu segurança, que passou por mim, murmurando um "você vai ficar bem". E mesmo sabendo que ele não tinha a mínima ideia do acontecido de ontem, suas palavras, de alguma forma, me deram coragem para continuar caminhando. 

- Bom dia, querida. - papai disse, sorrindo ao finalmente notar minha presença. Estava mais animado que o normal, o que realmente era estranho. - Junte-se a nós.

Meus instintos me pediram parar correr assim que ele disse isso. Entretanto, com um sorriso, caminhei em direção a mesa e sentei, ironicamente, na única cadeira vaga do local. E adivinha qual era?

- Pensei que fosse guardar meu canto ao seu lado, papai. - eu disse, num tom brincalhão e calmo.

Estava acostumada o suficiente com essas encontros, que fingir emoções haviam se tornado fáceis demais. O lado negativo é que era um pouco cansativo. Já o positivo, era que se tudo desde errado, meu papel como atriz estava garantido.

- Não fique com ciúmes, querida. Certamente a companhia ao seu lado é um tanto encantadora, não acha? - ele disse, referindo-se Mark.

- Certamente. - concordei, mesmo que meu desejo real fosse dizer: certamente o senhor está completamente enganado.

Haviam exatamente doze pessoas presentes, incluindo meu pai e eu. Conhecia metade, que eram os amigos mais próximos de papai, e isso era bom, porque ao menos eu não iria me sentir tão perdida em relação a quem olhar ou fazer comentários enquanto começavam a conversar com os demais.

- Bom, já que minha filha está aqui, podemos oficialmente dar início ao café da manhã. - papai disse. Ele realmente estava mais feliz que o normal.

Os funcionários começaram a trazer as comidas, me deixando extremamente animada e, por alguns segundos, enquanto observava tamanhas opções de cardápio, esqueci da pessoa que estava ao meu lado.

- Então o cara que nos atrapalhou ontem á noite é o seu novo segurança, huh? - a voz de Mark saiu baixa, mas num tom perfeitamente auditivo para mim.

- Acredito que ele não atrapalhou, ele me salvou. - disse, seca.

- Salvou? Salvou de quê, exatamente? Não era como se eu fosse matar você. - ele soltou um pequeno sorriso, e precisei me segurar para não jogar a xícara quente de café que havia acabado de ser posta ao meu lado.

- Fala sério, não vou perder meu tempo falando com você. - voltei minha atenção para a comida, irritada.

Se tudo que Mark estivesse fazendo fosse um maldito jogo, era realmente de péssimo gosto.

- Na verdade, eu acho que vai sim.

- Não, não vou.

New security ❄ Im JaebumOnde histórias criam vida. Descubra agora