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Orgulhoso de você

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Papai falava no telefone quando abri a porta de casa, passei pela sala e continuei meu percurso até a cozinha. Como imaginado, Terê estava lá, partindo cuidadosamente um lindo pedaço de bolo de chocolate.

- Será que tenho chances de não ser presa, caso sem querer, eu acabe matando meu novo segurança?

Meio confusa, Tereza soltou uma risada rápida, antes de me entregar o pedaço de bolo e responder minha pergunta:

- Se você conseguir uma passagem e fugir para outro país o mais rápido possível, é provável que sim. Por que a pergunta, querida?

- Acho que estou prestes a cometer um assassinato, então. - disse, logo após agradecê-la pelo bolo. - Sem querer, claro.

- Oh, claro, sem querer. - novamente, ela riu e se direcionou ao armário preto ao lado da geladeira, pegando mais dois pratos.

Terê caminhou novamente em direção ao bolo que estava encima da mesa e partiu mais dois pedaços. Ela os colocou delicadamente no prato, e antes que eu fosse capaz de perguntar para quem aquele pedaço era, e por quê dois pratos, ela disse:

- Aqui, querido, coma também. - ela estendeu o prato, sorrindo daquele seu jeitinho amável de ser, e quando olhei para o meu lado, lá estava ele, retribuindo ao sorrindo de Terê de forma tão educada, que fiquei me perguntando por que ele era tão carrancudo e estressado comigo.

- O que está fazendo aqui? - perguntei, encarando a pessoa que havia passado o caminho todo acelerando e parando o carro varias e varias vezes enquanto voltávamos, me fazendo querer vomitar de tanto nervosismo. Não é que eu tivesse medo de andar em alta velocidade, o problema era que eu enjoava a fácil.

- Eu moro aqui. - ele respondeu, parecendo não ligar muito para mim ou o modo como perguntei isso. - Você não sabia?

- Não, eu não sabia.

- Estranho. Seu pai não lhe disse? Ele me contratou com o objetivo de eu ser seu segurança durante vinte quatro horas por dia.

- Por acaso você é um robô que não descansa? - perguntei.

- Não.

- Então como pode estar me vigiando vinte quatro horas por dia? Isso é impossível.

- Sei que é impossível, Nalu. É por isso que aproveito os momentos em que você dorme para descansar um pouco. Ou seja, se quiser fazer isso após acabarmos de comer, eu agradeceria.

O segurança agradeceu o prato oferecido por Tereza, e caminhou em direção a uma mesa que ficava na cozinha, usada pelos  funcionários - e eu, quando me sentia sozinha e queria conversar com alguém enquanto comia algo bom -, para lanchar ou passar seu tempo livre.

- Não, acho que ficarei acordada até tarde hoje. - dei de ombros, fazendo uma careta. - Sinto muito, amigão.

-  Não me... Ok, tudo bem então. - ele disse. - Então acho que também ficarei acordado vigiando você até vê-la pegar no sono e parar de causar problemas para os outros.

De súbito, encarei para Tereza e perguntei

- Tereza, tá vendo isso?

- Isso o quê, querida?

- Isso aí, olha! - apontei para o segurança, que me encarou aparentemente inocente, enquanto segurava a colher que havia recebido de Tereza entre os lábios. - Eu tenho um novo stalker. Um stalker que me vigia vinte quatro horas por dia! - disse, colocando o prato na mesa e me sentando também.

New security ❄ Im JaebumOnde histórias criam vida. Descubra agora