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Celular
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Como haviam me avisado quando saímos da delegacia, meus amigos apareceram na minha casa por volta de noves horas da noite, com algumas latinhas de cerveja na mão e duas pizzas enormes. Então, decidimos aproveitar aquela noite parcialmente fria para assistimos alguns filmes de comédia juntos na enorme televisão da sala de estar, já que o plano inicial, que era ir para a piscina, havia sido cancelado por conta da água absurdamente gelada.
Enquanto assistíamos, papai apareceu na sala algumas vezes para nos provocar e dar alguns spoilers do filme, o que nos fazia jogar almofadas em sua direção e repreendê-lo, enquanto o mesmo apenas soltava uma leve gargalhada satisfeito e voltava para a enorme mesa de jantar, onde fazia suas pesquisas noturnas em seu notebook e anotava algumas informações num caderno.
Quando os três filmes acabaram e nós enfim nos rendemos para o cansaço e sono, meus amigos optaram por passar o restante da noite aqui, e ir embora amanhã de manhã - ou não -, quando acordassem.
Concordei, levando-os para o quarto de visitas, e logo voltei e desci as escadas novamente, para dar boa noite ao papai e ir dormir.
Meu segurança havia desistido de nos vigiar no início do segundo filme, se dando por vencido pelo também cansaço, e eu não poderia o culpar, até porque o motivo de seu estado atual era eu. Por conta disso, apenas decidi por deixar ele ir sem dizer nada ou provocá-lo - porque isso obviamente iria fazê-lo ficar -, e foquei minha atenção ao filme.
Eram quase duas horas da madrugada quando encarei o teto do meu quarto e resolvi tomar um banho antes de dormir.
Me levantando da cama, caminhei em direção ao banheiro e liguei a torneira da banheira, deixando que a água morna enchesse-a tranquilamente. Sem nunca transbordar ou ficar pela metade... sempre na medida correta e proporcional aos outros... as vezes, era assim que eu desejava que minha vida fosse. Correta, proporcional, sempre na medida certa. Entretanto, eu sabia que isso era impossível. Era exatamente por isso que eu apenas deixava esses sentimentos se insuficiência para lá sempre que podia, e apenas tentava aproveitar.
- Se você tem tendência a cair, você também tem tendência a levantar. - eu murmurei uma frase que havia visto na internet uma vez, e comecei a tirar minha roupa.
Passei aproximadamente meia hora na banheira, relaxando e deixando minha mente mais calma. Ao sair, pensei que ainda estaria morrendo de sono, mas o cansaço havia ido embora no momento em que a água morna molhou meu corpo e fechei meus para aproveitar melhor aquela sensação.
Deitada na cama, com o notebook ao meu lado, me lembrei, repentinamente, de uma mensagem cujo ainda não havia sido lida em meu Facebook: a mensagem de Mark.
Logo após me recordar disso, também me lembrei de outras coisas, como meu celular ainda estar com ele, o casamento, a possibilidade dele dormir no quarto ao lado, e um pequeno ataque de pânico começou a me invadir.
"A condição é você.", ele havia dito no café da manhã. Todavia, eu ainda não conseguia entender inteiramente o que ele queria dizer com aquilo.
Quando percebi que não iria mais conseguir dormir com esse pensamento me assombrando, me sentei na cama e liguei o notebook e entrei no Facebook. Por coincidência e bastante azar, Mark estava online, me fazendo sentir um desconforto notável.
Como uma cara tão legal poderia mudar de forma tão rápida como ele havia feito naquela noite? Eu não conseguia entender, apesar de que talvez, ele não tivesse mudado. Talvez, ele tenha sido sempre daquela forma, e apenas usava uma máscara para esconder seu real "eu".
Ao clicar em seu chat, observei que haviam cinco mensagens deixadas por ele:
Mark: Bom dia, querida Nalu. Pelo visto você não quer mais o seu celular, não é?
Mark: Então isso significa que posso apenas jogá-lo em qualquer lugar desconhecido? Ou melhor, será que posso apagar a foto da sua querida mãe?
Mark: Se não me respondeu até agora, vou considerar isso como um sim.
Mark: Bem, em todo caso, eu tentei ajudá-la a tê-lo de volta. Uma pena que aparentemente você não tenha aceitado a condição, já que ambos iríamos nos divertir muito.
Mark: Última chance: me encontre amanhã, às dez horas da noite, naquela boate onde costumávamos ir. Se você for sozinha, juro que devolvo seu celular intacto. Se levar alguém junto, adeus qualquer chance de conseguir-lo de volta.
Li as mensagens com toda a concentração possível, e apesar de não ter nenhum enigma escondido ali ou coisa do tipo, não pude deixar de notar que algo estava bastante estranha naquela situação.
Mark não era do tipo que implorava, e essa sua última mensagem, apesar de ameaçadora, também soava um pouco como um pedido urgente.
Sem me importar com o quão idiota eu poderia soar naquele momento ao duvidar dele, eu enviei:
Eu: Você realmente está com o meu celular, não está?
Cinco minutos depois, Mark respondeu:
Mark: Por acaso está duvidando de mim?
Eu: Não respondeu minha pergunta
Mark: Sinto muito, mas para saber as respostas da qual deseja, terá que se encontrar amigo amanhã. Você já sabe o local, então apenas apareça.
Eu: Não sou louca de ir para aquele lugar com um estranho.
Mark: Como assim estranhos? Somos amigos.
Eu: Acha que um amigo tentaria enforcar outro amigo? Ou faria chantagem para ele, informando que só vai devolver algo que ele considera importante, se ele aparecer em tal lugar ou fazer tal coisas?
Mark: Amanhã, às dez da noite. É pegar ou largar.
Mark: Boa noite.
Após se despedir, Mark ficou off-line, me deixando sozinha no Facebook. Soltando um suspiro, fechei a tela do notebook e o coloquei para carregar na encima da mesinha do meu quarto.
Definitivamente, eu não iria. Não podia me dar ao luxo de arriscar, ainda mais depois do acontecendo de hoje. Ainda mais, depois que ele tentou me enforcar.
Afinal, entre pegar uma foto e continuar salva, o que mamãe iria desejar que eu fizesse? Óbvio que era continuar a salva.
- Eu não vou. Eu não vou. Eu não vou. - murmurei, voltando para cama e me cobrindo com o lençol. - Definitivamente nada de bom acontecerá caso eu vá.
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New security ❄ Im Jaebum
FanficNalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início de sua vida adulta, entretanto, ela não é nem um pouco responsável. Após a morte de sua mãe, a menina passou a viver sua vida como se foss...