Capítulo XIV

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SURPRISEEEE

Peguei vocês, não é? Sim, mais um capítulo <3

Peguei vocês, não é? Sim, mais um capítulo <3

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29 de julho, domingo

11:14PM

Puta merda mais uma vez! É a única coisa que consigo pensar ao parar na porta do seu closet, se é que poderia chamar esse espaço imenso de "closet".

É grande demais, espaçoso demais, roupas demais.

A visão me deixa zonza por tanto tempo que já não sei se é mais o efeito da bebida ou meu choque por essa casa estúpida. Suas roupas são perfeitamente organizadas. Há muitas camisas de seda na cor preta, pouquíssimas claras, dando a entender a sua preferência por roupas. Além das camisas sociais, as únicas coisas expostas nos cabides são os blazers, me obrigando a começar a abrir as gavetas para procurar um pijama.

Suas roupas cheiram tão bem.

A cada gaveta aberta, sinto-me tentada a cheirar os tecidos, o que me recuso a fazer. Posso estar bêbada, mas idiota ainda não. Quero terminar aqui logo e voltar para a minha garota.

Finalmente encontro as duas gavetas que preciso: cuecas e calças de pijamas.

Calças de pijamas? Não, acho que o senhor Walker não precisa disso.

Remexo suas cuecas até encontrar uma que me agrade, sabendo que uma escolha minha é ousada demais e nada profissional, mas acho que essa linha já nem importa. A cueca é uma samba-canção preta de seda, o que deixará suas pernas expostas do jeito que eu gosto. Já posso imaginá-lo usando isso, é uma visão grandiosa.

Volto para o seu quarto e deixo a peça sobre a cama, começando a andar ao redor dela na minha espera por Elijah, que já parece ser infinita depois do décimo minuto. Estou ainda mais zonza e sonolenta, disposta a voltar para o quarto e deixar que ele se vire por aqui. O que é óbvio que minha consciência pesada não me deixaria fazer. Solto um longo gemido manhoso, cruzando os braços e me jogando na poltrona no canto do quarto sem muita cerimônia.

— Eli, você está demorando — resmungo para ele, sonolenta e irritada.

— Já estou saindo, otter, só me dê um minuto.

— Eu posso entrar?

Há um longo silêncio após a minha pergunta, o que estranhamente me deixa ansiosa.

— Claro — grita então — pode entrar, El.

Posso sentir meu coração se acelerado conforme caminho na direção do banheiro, tão forte e rápido que a sensação é de estar bem no topo da minha garganta. Me sinto fraca e quase sem coragem, até parar na porta. As batidas aceleradas se vão e o que resta é uma dor instantânea ao ver Elijah ainda sentado em sua cadeira de banho. Ele está enrolado em seu roupão, o chuveiro está desligado, mas o homem continua sentado, expondo dor e sofrimento em seu rosto. O brilho desafiador e divertido não existe.

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