Eleonora já tinha problemas demais para enfrentar o "Pior Dia da Sua Vida"! Sua recente demissão que a levou corajosamente a xingar seu chefe, a descoberta de estar sendo disputada por quase toda a elite de New York, mas acima de tudo, a ideia de te...
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02 de fevereiro, sábado
03:02AM
Jeremiah dirige em silêncio até a casa dos seus pais e atrás dele também não falamos nada, Elijah pela preocupação, cansaço e dor, e eu por me lembrar constantemente de coisas que vivi na casa de Thomas: para onde estamos indo agora. Me lembro de dias felizes e divertidos ao seu lado, lembro também da forma que mamãe me arrancou dele na noite que fugimos de lá. É exaustivo saber que só lembro dessas coisas pelo momento que ele está vivendo. Não quero sentir que algo entre nós vai mudar só porque está doente ou vou sentir culpa se acabar morrendo. Não quero que isso aconteça de qualquer forma e não quero que meu coração se deixe levar pelo calor do momento. Respiro fundo para afastar o turbilhão de ideias quando chegamos e Elijah parece se irritar com a imagem de funcionários esperando do lado de fora da casa.
Jerry se move no banco da frente, sussurrando um pedido de desculpas, mas não parece aliviar as coisas para meu marido irritado. De repente Elijah se torna um pouco mais rude, lembrando-me que ele odeia não poder andar sozinho e ter tantas pessoas querendo fazer as coisas por ele.
— Está tudo bem — declaro para os funcionários, oferecendo um sorriso gentil — eu irei ajudar meu marido, está tarde e vocês deveriam ir descansar.
Eles ficam em silêncio, olhando preocupados para Elijah e Jeremiah.
— Vocês a ouviram — Elijah resmunga com impaciência — só quero a minha mulher me ajudando.
— Podem ir descansar, por favor — Jerry pede mais docemente, suspirando para o irmão.
As pessoas começam a se afastar, alguns revelando a preocupação que sentem e outros cansados demais para enfrentar a irritação de um Walker. Me sinto cansada também, mas quero estar ao lado do meu marido independentemente de estar desejando dormir um pouco. Não acho que conseguiria dormir de qualquer forma.
Desço do carro e ofereço a Elijah meus braços estendidos, como já fizemos tantas vezes antes, a diferença é que percorremos um caminho meio longo e ele estava bem melhor. Ele suspira, balança a cabeça e apoia suas mãos grandes nos meus antebraços, descendo do carro com cuidado e indo se sentar na cadeira. Não parece nada satisfeito com essa ideia...
— É melhor do que ir se arrastando — relembro com um tom ácido de humor que o faz rir — acho que o seu orgulho ainda não te faz voar, Elijah.
— Suas ironias também não, Eleonora.
— Bem, estou sendo irônica e andando, não é?
— Isso é baixo vindo de alguém como você.
— E é revoltante um homem do seu tamanho ser tão rude e fazer tanto drama.
— Isso é a primeira briga do casal? — Jerry pergunta de repente, nos fazendo rir com o leve alivio que temos agora. — Vocês se casaram há dois dias e já estão se atacando assim?
