Capítulo XIX

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Quem é vivo sempre aparece, né?

Eu sei, eu sei, eu sumi, mas tenho um bom motivo para o meu sumiço que durou TRINTA ANOS: não há motivos kkkkk. Brincadeira. Só ando com a minha saúde mental um pouco abalada, mais frustrada que o comum e desanimada com tudo, então por mais que tenha capítulos prontos, está difícil fazer qualquer coisa, até corrigir.

Tenham paciência comigo e lembrem-se: SE ME COBRA NO FACEBOOOK TEM QUE COMENTAR AQUI, SUAS SEM VERGONHAS!

Boa leitura <3

18 de agosto, sábado

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18 de agosto, sábado

03:51AM

— Está tudo bem — afirmo, erguendo a mão e acariciando seus cabelos com cuidado, mantendo um tom suave na tentativa de afastar sua preocupação.

— Tudo bem? Você toma algum tipo de anticoncepcional ou...

— Só está tudo bem, não vou ficar grávida e não tenho nenhuma DTS até o que sei.

Afasto meu corpo do seu para pegar a escova ou fugir dessa conversa, o que for mais fácil. Porém, Elijah não desiste. Ele segura meu quadril e depois meu queixo, virando meu rosto na sua direção.

— Você não... não pode? — pergunta pausadamente, com suas sobrancelhas quase unidas e a expressão carregada de preocupação.

— Não, não posso.

— Tem certeza?

Balanço a cabeça lentamente.

— Minha bisavó morreu com 30 anos, minha avó com 35. Minha mãe descobriu depois que eu nasci que tinha a mutação do gene BRCA1 e optou por fazer uma mastectomia dupla e uma cirurgia de redução de risco para remover os ovários e trompas uterinas — falo calmamente, olhando para o teto para afastar o choro — Eva tinha acabado de ter Victória quando descobriu que tinha câncer de ovário.

Elijah fica em silêncio por algum tempo, absorvendo o que acabei de lhe contar.

— Você não queria correr riscos?

— Sou tudo o que Victória tem. Quando descobri que também tinha essa mutação.

— Mas vocês eram novas demais, não é? — seu tom é claramente preocupado e confuso.

— Sim. O caso de Eva era raro e o médico me disse que eu poderia nunca chegar a ter ou apresentar os sintomas quando fosse mais velha.

— Ah, amor... eu sinto muito.

— Eu não queria passar uma vida toda me preparando para ter câncer — confesso, abaixando a cabeça quando as lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto — então preferi fazer uma salpingooforectomia bilateral. Então, não se preocupe, não vou te tornar pai.

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