Capítulo XXIX

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15 de setembro, sábado

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15 de setembro, sábado

09:01PM

Um toque cálido, quente e familiar se aproxima, o mindinho envolvendo o meu, Blake para o meu lado com o olhar para pista de dança onde, estranhamente, Thomas e Victória parecem ser o centro da atenção. A garotinha pisando em seus pés, com sua cabeça erguida e o olhar fascinado parece ser o motivo da minha irmã estar chorando nesse momento.

— Eu sinto muito.

— Eu sei — afirmo, apertando os lábios em uma linha e suspirando antes de atravessar a pista de dança segurando sua mão. A levo para longe das pessoas, de volta a mesa e, remexendo minha bolsa, tiro algo que dou para Blake. Seus olhos brilham com ainda mais lágrimas.

— Isso é...

— Somos nós, nós três. As irmãs Walker.

— Oh, El.

Blake coloca a mão sobre o peito, as lágrimas molhando suas bochechas e os olhos fixos nas três garotinhas sorridentes das fotos. Em uma época que nós três éramos felizes e inseparáveis.

— Encontrei na apartamento da nossa irmã. Havia duas... eu... eu fiquei com uma. Acho que ela queria que lembrássemos.

— É, eu também acho — Blake balança a cabeça, comovida com a lembrança. Seu olhar varre o salão em direção ao seu pai e a minha filha, emocionado e ao mesmo tempo dolorido.

— Blake. Como?

— Hm?

— Como conseguiu deixar ele entrar?

Minha irmã sorri, encara a foto e depois se afasta para colocar em sua bolsa, em uma mesa que está longe demais da nossa. Quando volta, suas mãos seguram as minhas, guiando-me em direção a pista de dança quando You Are So Beautiful começa a tocar, nos fazendo rir.

— Oh, sim! — Exclama com alegria juvenil, me conduzindo. — Essa definitivamente é a música das irmãs Walker.

— Essa é, definitivamente, a música do Thomas Walker. Responda minha pergunta, garota enrolona.

Blake ri, provavelmente reconhecendo mais do seu irmão, do que da sua irmã.

Não sei onde ele anda agora, mas por algum motivo, sinto que está de olho em mim e isso é reconfortante. A ideia de presença de Elijah é a coisa mais reconfortante que existe para mim, não porque ele vai me proteger, mas sim porque estará lá... mesmo se eu me quebrar.

Ele me entende.

— Você lembra como era quando éramos criança e não sabíamos que Thomas era o nosso papa? — Blake pergunta, dando-me uma lembrança vaga daquela época, quase esquecida pelos anos que se sucederam.

— Acho que sim.

— Lembra da escola? As apresentações dos dias dos pais, as festas. Lembra como chorou quando tinha cinco anos e o papa estava viajando e não havia mais ninguém para dançar com você no baile?

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