•Prólogo•

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Diarra Sylla

Sou Diarra Sylla Carter, tenho dezassete anos e sou casada com o melhor homem do mundo. Eu e Hunter nos conhecemos no colegial e começamos a sair, deu em namoro e quando descobre que estava grávida tive que me casar, quando contei aos meus pais sobre a gravidez dei conta que minha mãe não havia gostado muito da notícia mas meu pai super me apoiou mesmo ele não querendo esse destino pra mim "Engravidar cedo". Minha mãe e meu noivo se dão super bem coisa que me deixa as vezes meio incomodada mas eu não falo nada para não criar um climão entre a gente.

Minha mãe engravidou de mim quando tinha dezoito anos e meu pai na altura tinha vinte e um, meus avós paternos aceitaram de boa a gravidez mas os maternos foram se acostumando até eu nascer e eles não desgrudam mais de mim. Eles disserram que minha mãe era muito imatura para uma responsabilidade tão grande.

E eles não mentiram.

Meu pai é empresário já minha mãe não faz nada além de ficar em casa lendo revistas da victoria secrets, meu pai e minha mãe já tiveram imensas discussões sobre ela não querer trabalhar e sempre estar a depender dele pra tudo mas não adiantou em nada.

Eu me dou melhor com o meu pai do que com a minha mãe pois a mesma leva tudo na brincadeira e eu não gosto disso, sempre que quero conversar com ela sobre coisas de mulheres ela costuma a fazer várias criticas e comentários super desnecessários.

...

Hoje eu foi a minha consulta do sétimo mês de gestação porem sozinha pois Hunter disse que estava super cansado e que queria dormir um pouco e eu bobinha deixei ele em casa.

Diarra: Boa tarde Sr.Geraldo.- Sorri pro senhor de meia idade que retribuiu.

Sr.Geraldo: Boa tarde minha linda, e como está essa garotinha?- Perguntou e eu sorri acariciando minha barriga.

Diarra: Ultimamente anda muito energética mas está tudo bem.- Sorri e ele fez o mesmo.- Vou subindo, fica bem ta.- Acenei e ele fez o mesmo.

Andei até o elevador e toquei no botão esperando o mesmo vir, assim que desceu eu sube e apertei no quinto andar. Assim que parou no meu andar sai e caminhei até a porta do meu apartamento.

Abri a porta e estranhei as luzes estarem acesas mas dei de ombros pensando na possibilidade do Hunter ter esquecido antes de ir se deitar.

Tirei os meus tênis deixando ao lado da porta e fui subindo as escadas, escutei o barulho de algo caindo no chão e me preocupei logo.

Assim que cheguei no primeiro andar escutei gemidos e parei no mesmo lugar tentando controlar a minha respiração, acho que minha filha sentiu pois logo em seguida ela começou a dar chutes me fazendo colocar a mão no local.

******: M-Mais rápido Hunter.- Escutei a voz que eu menos esperava.

Minha mãe.

Me encostei na parede e contei até dez controlando a respiração e assim que consegue caminhei devagar até a porta do meu quarto que estava entre-aberta tendo a pior visão da minha vida.

Meu marido e minha mãe transando!

NA NOSSA CAMA!

Fechei os olhos e tentei sair de lá sem eles notarem a minha presença mas foi em vão pois deixei cair a chave do carro me fazendo revirar os olhos frustrada.

Hunter: Diarra?- Escutei sua voz de dentro do quarto mas eu não responde, continuei descendo as escadas devagar por causa da barriga e quando cheguei no último andar escutei a voz da mulher que se dizia minha mãe.

Eduarda: Diarra...- Falou baixo mas eu pude escutar o que me fez deixar cair as lágrima.

Diarra: Porquê isso?- Falei com a voz fraca e olhei prós dois que me encararam culpados.- Você me falou que não poderia ir na consulta pois estava cansando e sua distração é transar com a minha mãe?

Hunter: Meu amor...- Tentou se aproximar mas eu me afastei rápido sentindo as pontadas na barriga.

Diarra: Eu sempre achei estranho essa vossa proximidade... Você Eduarda quando eu contei da gravidez e que iria me casar você nem demonstrou nenhum pingo de felicidade por mim mas soube disfarçar bem.- Ri sem animo.- Quanto tempo isso?- Apontei pros dois que se olharem e voltaram sua atenção pra mim logo em seguida.

Eduarda: Dois meses.- Falou e eu fiz cara de nojo deixando mais lágrimas caírem.

Diarra: D-Dois meses?- Coloquei a mão no peito.- Meu Deus.- Falei já sentindo a falta de ar.

Ansiedade.

Hunter: Diarra? Você ta bem?- Perguntou assustado mas eu não respondi apenas mantive os olhos presos na foto que se encontrava encima da TV.

Minha e dele no dia do nosso casamento.

Eduarda: Ansiedade, onde estão os comprimidos?- Perguntou mas eu não responde apenas olhava fixamente pra aquela foto enquanto as lágrimas caiam sem parar.- Toma filha.- Me entregou e eu peguei no copo tomando o remédio.- conta até dez.- Falou e eu fiz isso, após me recuperar lhes encarei seria limpando o rosto.

Diarra:  O que vocês pensaram ao fazer isso?- Perguntei ganhando silêncio como resposta.- Se você queria ficar com ela por que simplismente não me falou nada?- Olhei pro Hunter que me encarava com cara de culpa.- O que vocês sentem um pelo outro?

Eduarda-Hunter: Atracão-Amor- Falaram ao mesmo tempo e o Hunter olhou pra ela incrédulo.- Amor.- Falou fazendo ele revirar os olhos.

Diarra: Eu preciso sair daqui.- Falei calçando os tênis e abre a porta.

Eduarda: Onde vai filha?- Perguntou e eu me virei lhe encarando.

Diarra: Pra um lugar bem longe de vocês dois.- Falei e bate a porta.

Hunter: E a nossa filha?- Perguntou assustado e eu continuei caminhando ate ao elevador.

Diarra: Pensasses nisso antes de se deitar com a minha mãe.- Falei entrando e apertou no botão vendo a porta do elevador se fechar lentamente enquanto os dois do lado de fora me encaram assustados.

A ficha ainda não havia caído.

Sr.Geraldo: Diarra, ta tudo bem?- Perguntou assim que me viu e eu concordei sem olhar pra ele, caminhei até ao estacionamento e assim que avistei meu carro abri o mesmo entrando lá dentro e me permite chorar.

Daqui pra frente será só eu e você minha filha.

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