35 || Admirador Secreto

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Acordei aos poucos com dor de cabeça e dor no corpo. Me sentei na cama meio tonta me perguntando o que tinha acontecido na noite anterior.

Vejo minhas roupas jogadas pelo chão e pego meu celular para ver as horas. Três da tarde. Não pode ser tão tarde assim.

Não tinha visto Payton em nenhum momento. Nem sei se ele dormiu essa noite no quarto. Disquei seu número e torci para que atendesse.

— Payton, onde você está? — Perguntei sonolenta, assim que ele atendeu a ligação.

— Isabela! Quanto tempo.

— Para de graça, me responde logo.

— É o Mason.

— Por quê você está com o celular do Payton? — Frazi o cenho confusa.

— Isso não importa. Se arruma que daqui dez minutos vou passar aí.

— E cadê o Payton?

— Deve estar transando com alguma dessas garçonetes baratas.

— QUE?

— Ah, me desculpa! Esqueci que agora vocês namoram. — Ele gargalhou.

— Para de ser ignorante e me fala onde tá o meu namorado.

— Não sei, Isa. De verdade. Só estou com o celular dele por que ele pediu para eu segurar.

— E você viu a Charli?

— Não vi ela hoje. Agora se arruma logo.

— Tá bom, tchau. — Desliguei a chamada e fitei o chão pensando em várias coisas.

Fui até o banheiro e fiz minhas necessidades, quando voltei para o quarto notei que havia uma caixa pequena envolvida em um papel de presente na cama. Estranhei e abri a mesma, era um frasco de perfume. Coloquei um pouco em meu pulso e cheirei, era doce mas não enjoativo.

Acho que Payton me deu. Ou foi cortesia do cruzeiro? E se foi Mason? Será que era para mim esse perfume?

Por via das dúvidas, coloquei o perfume na embalagem de volta e fechei como se nada tivesse acontecido.

Fui até minha mala e coloquei uma roupa confortável, já que Mason iria chegar a qualquer momento.

Ouço a porta sendo aberta, reconheci ser Payton pelo relógio que usava em seu pulso e pela mochila em suas costas.

— Bom dia. — Eu sorri amarrando meus tênis.

— Boa tarde, né. — Falou sem ao menos me olhar. Acho que ele ainda está bravo por ontem. Eu já até me esqueci.

— Tá chateado comigo? — Perguntei.

— Não, só tô pensando um pouco. — Sorriu fraco.

— Dormiu essa noite aqui? — Perguntei sem querer parecer uma namorada controladora.

— Sim, você dormiu igual uma pedra.

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