11 || Perdidos na Estrada

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— Como assim perdidos? — Gritei nervosa, encarando a estrada escura em minha frente. — Você não tem a porra de uma casa aqui em Malibu?

Mason revirou os olhos, nervoso, apertando mais o volante em suas mãos enquanto encarava o caminho que se seguia.

— Primeiro, olha a boca! Esse tanto de palavrões não combinam com você. E segundo, quem tem a casa é o meu pai, não eu. A única coisa que eu tenho é esse carro.

— Que foi seu pai que te deu. — Complementei.

— Mas que me pertence.

Revirei os olhos.

— O problema aqui é sobre estarmos rodando essa merda a mais de duas horas!

— Eu sei! Já era para estarmos na casa de praia duas horas atrás. Mas eu acho que me confundi...

— Você acha?

— O Payton tem mesmo razão. Você não para de reclamar!

— E desde quando vocês dois ficam conversando sobre mim?! — Exclamei, me voltando completamente para ele. — Isso tudo é tesão acumulado?

Mason estreitou os olhos, abrindo um sorrisinho de canto.

— E se for?

Desviei o rosto, tentando disfarçar minha cara de espanto, e prendi o meu cabelo num coque no topo da cabeça.

— Acho melhor pararmos em algum lugar e ligar pra alguém vir nos buscar. — Mudei de assunto. — Ou então ligar o GPS.

Mason balançou o celular, desligado.

— Tá sem bateria. — Reclamou.

Revirei os olhos, e peguei meu celular que tinha apenas 20% de bateria.

— Eu ligo. — Avisei.

Acabei ligando pra Charli, que pediu ajuda ao satanás também conhecido como Payton Moormeier. Ele nos orientou a pararmos em algum lugar com sinal e com o meu 5G, consegui me conectar ao GPS do meu celular e logo em seguida enviei a localização para os dois, que avisaram já estarem a caminho.

— Vamos ficar um pouco por aqui. — Mason disse, bufando alto.

— Graças a você. Sabia que não deveria ter entrado nesse carro com você.

Ele franziu o cenho.

— E por que entrou, então?

— Porque eu estava sem opção! Não sabia como voltar pra casa. Mas se eu soubesse que você também estava no mesmo barco que eu, eu jamais entraria aqui.

Ele bateu com as mãos no volante, me fazendo dar um pulo no banco carona.

Gêmeos bom, pelo visto está bravinho.

— Eu acho engraçado que nada nunca tá bom pra você. Sempre reclama de alguma coisa ou é grossa com a gente. Eu vejo o jeito que você trata a Brianna.

É nessas horas que eu queria que a terra fosse plana pra mim pular.

— Sua namoradinha tapada não significa nada pra mim, fofinho. E, aliás, eu sou assim porque vocês dois me trataram mal desde a primeira vez que estivemos juntos. Ou eu devo esquecer a palhaçada que fizeram comigo naquela noite?

— Ah, você quer dizer quando você ficou com nós dois no mesmo dia?

— FOI A PORRA DE UM ACIDENTE, CARALHO. PAREM DE FICAR FALANDO ASSIM!

— E você para de xingar tanto! — Ele respondeu, nervoso. — Boca suja.

— Seu irmão estava completamente certo. — Falei sarcástica. — Vocês realmente não se conhecem, porque ele fala palavrões em quase todas as frases que diz.

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