14 || Almoço em Família

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Charli e eu suspiramos, aliviadas, ao colocarmos a última mala no carro. Mason tentava, sem sucesso, arrumar todas as malas de Brianna enquanto Payton, imprestável como era, tirava um cochilo já dentro do veículo.

Eu iria no carro junto com a minha mãe, meu padrasto, os gêmeos e Charli. Ela iria sentada no meu colo, já que o carro dos amigos dos gêmeos está explodindo.

— E a namorada desse aí? — Minha amiga perguntou, colocando os óculos escuros no topo da cabeça.

Lancei um olhar rápido para Payton, que continuava no décimo quinto sono enquanto escutava alguma música nos fones de ouvido.

— Foi embora ontem à noite, os pais dela a queriam em casa. — Respondi.

Me sentei no banco do meio e Charli se sentou no meu colo, Mason logo se sentou ao nosso lado e fechou a porta.

— Bom, temos que ir, né? — Robert disse entrando dentro do carro, logo após minha mãe entrou sorrindo.

Olhei para ao lado e vi de relance Mason fazer um sinal de positivo com o polegar. Charli estava se aconchegado no meu colo. E Payton roncava de vez em quando.

Horas depois o ar fresco de Los Angeles encheu meus pulmões assim que pisei os pés para fora do carro.

Charli, extremamente desanimada, ajeitou melhor os óculos escuros no rosto fino.

— Que sono. — Ela murmurou. — O Payton ficou com aquela coisa alta do nosso lado a viagem toda!

— Nem me fale. — Resmunguei.

Payton decidiu que ser um pé no saco não era o suficiente, então passou a porra da viagem inteira ouvindo um jogo de futebol americano no seu celular. O problema? Ele fez isso sem o maldito fone de ouvido.

— Aaaah, bom dia, meninas! — Payton exclamou, arrmando os óculos escuros, lhe dando um ar descontraído. — Tive uma ótima noite de sono! E vocês?

Ele abriu um sorriso cínico e eu simplesmente o desejei uma morte lenta e dolorosa. Seria mais do que justo.

— Eu juro que eu vou acabar com a raça desse diabo. — Murmurei entredentes, vendo Charli confirmar na mesma hora.

— Se precisar de uma cúmplice, pode contar comigo.

Mason e Brianna apareceram logo em seguida, prontamente acompanhados de mamãe e Robert.

— Querem comer em um restaurante? — Minha mãe perguntou. — É mais fácil, e não faz sujeira.

— Tanto faz.

— Vão colocar outra roupa, e em dez minutos estejam aqui. — O pai dos gêmeos pediu.

Logo todos se arrumaram. O restaurante que minha querida família havia escolhido era bem calmo. A comida é bem leve, de um jeito bom, e nem mesmo o calor insuportável me deixou mal-humorada.

Charli, sentada à minha esquerda, deu um gole no suco de melancia que pediu.

— Isso está uma delicia. — Comentou.

Robert, que estava fazendo um carinho no braço de mamãe, sorriu ao ver todos nós juntos sentados a mesa.

— É bom estarmos todos aqui como a família que somos. Espero que a união entre vocês só se fortaleça. É tão lindo de ver essa dinâmica.

— Vai sonhando.

Mamãe me lançou um olhar de advertência, mas eu apenas revirei os olhos.

Por que todos eles precisavam ser tão sensíveis?

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