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Vou ter que confessar que fiquei com peso na consciência. Realmente não foi uma boa ideia perguntar do primo a Payton.

Por que eu tenho que ser tão curiosa?

Me levantei da cama e coloquei um pijama rápida, saí do meu quarto e fui até o quarto de Payton. A porta estava entre-aberta e pude o ver mexendo nos aparelhos de som. O quarto como sempre, estava todo escuro com os leds ligado.

Dei duas batidinhas na porta e vi Moormeier virar seu rosto em minha direção.

— O que você quer? — Perguntou cabisbaixo, ele não estava com aquela postura durona, estava diferente.

— Segundo round? — Brinquei entrando em seu quarto, ele soltou um riso e virou seu rosto, acho que não queria que eu visse seu sorriso. — O que está fazendo aí sozinho? — Me aproximei e sentei ao seu lado no chão.

— Pensando. — Respondeu sem olhar para mim, ele parecia concentrado em alguns fios.

Fiquei observando ele em silêncio e me lembrei do segundo dia que eu vim morar nessa casa. Payton estava com os sons altos e não me deixava dormir. Soltei uma risada me lembrando do que ele realmente estava fazendo aquele dia.

— Está rindo do que? — Ele perguntou me olhando.

— Me lembrei de uma coisa. — Respondi.

— Vai ficar aqui parada? — Payton disse parecendo estar meio desconfortável. — Sabe, daqui a pouco o Mason chega.

— Foda-se ele. — Dei os ombros. — Eu quero te pedir desculpas. Sobre aquilo... o seu primo.

— É isso que você quer? Meu perdão? — Perguntou sarcástico. Por um segundo esqueci com quem eu estava falando.

— É exatamente isso que eu quero.

— Então vai ficar querendo.

— Payton, eu vim aqui numa boa e não quero tretar com ninguém. — Eu disse me levantando. — Você é muito imaturo para algumas coisas.

Ele bufou e se levantou vindo até mim.

— A porta é por ali. — Apontou para a mesma.

— Jura? — Gargalhei irônica me deitando em sua cama. — Quero respostas, querido.

— E eu com isso?! — Ele se jogou em minha frente me encarando.

— Sério, me fala, você é todo misterioso.

— É difícil pra mim. — Sussurrou olhando o chão.

Eu não soube o que falar, deve ser algo muito pessoal.

— Me desculpa por ficar insistindo, não quero te deixar desconfortável. Me desculpa mesmo. — Falei me levantando da cama, ele pegou na minha mão me impedindo.

Sua expressão estava totalmente diferente dos outros dias, ele parece um garotinho indefeso. Seus olhos brilharam e pude perceber que ele iria chorar.

— Payton... — Eu iria falar algo mas ouvimos um barulho alto no andar debaixo. Ele mudou sua expressão e respirou fundo, soltou minha mão e saiu do quarto rápido. Segui Payton e fomos parar na sala, liguei a luz e pude ver Mason com os olhos arregalados olhando para o chão.

— Merda. — Mason disse apenas isso.

Olhei para Payton e ele estava com a mesma expressão.

— Caralho. — Ele falou olhando para o chão. Olhei para onde os gêmeos estavam olhando.

— Porra. — Falei olhando o objeto no chão. Era o vaso de porcelana dos nossos pais totalmente quebrado, eles tínham ganhado de presente de casamento.

Os Gêmeos Onde histórias criam vida. Descubra agora