Payton Moormeier
Puxei Mason pela gola da camisa e joguei-o na parede com força.
— Já pode parar de ficar mandando esses presentes para a minha namorada! — Falei baixo mas com raiva.
— Me larga! — Tentou me empurrar mas segurei mais firme ainda. — Já disse que não sou eu.
— É quem então?
— Sinceramente? — Ele me encarou, e a imagem dela veio na minha mente na hora.
— Não pode ser.
— E se eu te falar que vi uma menina muito parecida com ela duas vezes, você acredita?
— Você viu o rosto dela? — Soltei meu irmão.
— A menina sempre tá tapando o rosto, parece que não quer que a gente veja. Mas é muito parecida! O jeito de andar e de se vestir...
— Pensei que eu estava ficando louco. — Murmurei. Me sentei na cama fitando o chão. — Não é possível.
— É sim. Liga os prontos. Primeiro: o perfume, que nós dois demos a cinco anos atrás pra ela. Segundo: os bombons favoritos dela. Terceiro: uma menina loira, com o mesmo estilo e andar dela.
— Por que caralhos ela estaria nesse cruzeiro? Ela não estava morando com o pai dela?
— Já faz tempo isso... Será que ela voltou pra Califórnia?
— Não. Não mesmo. Eu acho...
— Vamos parar de pensar nisso. — Mason se sentou ao meu lado. — Amanhã a gente vai embora e nossas vidas vão voltar a ser o que era antes.
Lembrei da faculdade. Eu tenho que contar pro meu pai...
— Tá, vai arrumar suas malas. Amanhã tudo isso acaba.
Meu irmão saiu do meu quarto e Isabela estava tomando banho. Me deitei na cama pensando em várias coisas.
Ela não pode ter voltado. Não mesmo.
Quem é ela?
Blair. Uma menina com rosto de anjo e alma de demônio. Eu e Mason tínhamos quase 14 anos quando conhecemos ela no sétimo ano do ensino fundamental.
Nós dois tínhamos um rolo, coisas de pré-adolescentes na puberdade. Ela se aproximou de Mason. Eu e meu irmão ficamos um ano com a mesma menina sem saber. Ela usava nós dois.
Eu gostava da Blair. Gostava muito. Ela foi o meu primeiro amor e me iludiu. Eu e meu irmão nos iludimos. E eu não julgo Mason, não mesmo! Ela nos fazia de fantoches.
Ela era loira, magra, meio alta e os olhos dela eram castanhos claros. Me lembrava a Isabela. Queria tanto ver o rosto da menina que está no cruzeiro para ter certeza de quem era.
— Pode ir tomar banho. — Isa me tirou do transe.
— Já tomei de manhã. — Menti. Só não quero tomar banho hoje. Tirei minha roupa e me deitei na cama de volta.
— Você tá estranho. — Comentou se aproximando de mim, eu não estava com cabeça pra isso.
— Isa... Agora não. — Afastei ela.
— O quê? — Estranhou.
— Só vamos deitar e ficar abraçados essa noite. — Falei puxando ela mais perto de mim.
— Nossa. — Resmungou e deitou em meu peito. — Por que você tá tão estranho esses últimos dias? Parece que não quer continuar comigo.
— Não. — Falei rápido. — Não mesmo. Eu te amo e não quero que você fique colocando coisas na sua cabeça. Eu só não estou no clima hoje.
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Os Gêmeos
Fiksi PenggemarAssim que a mãe de Isabela se casou novamente ela nunca mais teve descanso. Viver com gêmeos é um saco, principalmente quando os três se odeiam. Início: 25/10/2020 Término: 25/04/2021 • Não aceito adaptações da minha obra.