Capítulo 18

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Ari :)

O universo alinha-se sempre e conspira sempre a favor das coisas maravilhosas... Tu és uma das maravilhas que o universo me deu... Amiga, revisora e a primeira defensora do fdp... Não imagino a minha vida sem as nossas conversas do zapzap, sem o amor que sentimos sem este personagem.
Beijosssss gordos na tua alma linda!

Simone Camilo :)


Minha beija-flor...parabéns...que a luz esteja sempre na tua vida!
Que te dizer?
Saudades das conversas do Batman, de cavernas mágicas, peter pan etc, etc.
Mesmo não estando tão presente não esqueço... Um oceano separa, mas não distancia...
Adoro tu!
Bj na alma

XXXX

O primeiro estrondo surgiu sem que eu percebesse muito bem de onde vinha. Acordei sem entender onde estava…depois veio mais um estrondo, depois o que me pareceu uma rajada deles.

Levantei-me e fiquei à espera de mais algum som…nada!

Comecei a ouvir passos no quarto da Lou, vozes baixas seguidas de um som abafado e algo a bater no chão com força.

Sabia que já tinha ouvido aqueles sons, procurei em todos os arquivos do meu cérebro, onde é que aquele som familiar já tinha sido ouvido…congelei ao lembrar-me…tiros.

O que eu estava a ouvir eram tiros.

Fui até à porta da Lou..esperei…ouvi a voz de Turat, baixa!

- Limpo!

Abri a porta a tremer, quando a minha vontade era esconder-me. Senti-me num daqueles filmes de terror em que a personagem sabe que não deve ir para ali porque vai aparecer um homem gigante com uma motosserra, mas mesmo assim avança.

Espreitei pela porta entreaberta. Turat estava no meio da sala, sorria e falava com um homem que estava ao seu lado. Olhei para o chão e o vulto de dois corpos caídos fez-me soltar um pequeno grito.

Turat e o seu companheiro olharam para mim.

- Emily, fica no teu quarto!

Não pensei em dar-lhe resposta, apenas esperei que os meus pés obedecessem aos meus comandos. Corri para a casa de banho…agarrei numa lata de laca, entrei para dentro da banheira, abracei os meus joelhos na esperança que o corpo parasse de tremer.

Não chorei, o meu medo, o choque e a falta de processar a informação, fez apenas com que o meu corpo concentra-se em sons, em movimentos.

- Emily! – a voz de Turat chega até mim, mas não me mexo. – Emily, não há perigo!

- Não quero sair daqui! – murmuro.

Oiço os passos dele, entra na casa de banho.

Sorri, como se apenas um sorriso fosse o suficiente para me transmitir calma.

- Achas que a banheira te vai proteger de algo? – estica-me a mão. – Anda! Vamos beber um chá! Sou um pouco inglês nesse vício! Acredito que o chá melhora até um dia de merda.

Não me quero mexer.

- O que aconteceu? – arrisco a pergunta.

- Nada de importante!

- Nada de importante? – guincho. – Havia tiros… estavam mortos. – balbuceio.

- Anda lá! – mexe a mão esticada. – Um chá.

Anjo de Pedra disponível até 31/12Onde histórias criam vida. Descubra agora