Capítulo 32

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Abano a cabeça, sei o que me espera! Sei o que ele vai fazer.

Vai repetir tudo de novo…já o fez antes…só que “o antes” foi com Cora.

Três passos para trás.

Não consigo tirar os olhos dele e ele também não tira os dele de mim.

A bandeja escorrega-me das mãos em câmara lenta, mas nem o ruido ensurdecedor que ela faz ao bater no chão é o suficiente para nos assustar e quebrar o olhar.

Ele levanta-se…

Dou graças a Deus por Azazel não estar completamente nu.

Os meus dentes prendem o meu lábio inferior…não quero que ele o veja tremer.

Continuo a andar para trás.

Viro-lhe as costas e apresso-me para a porta, no momento em que o vejo saltar por cima da merda da bandeja.

Não chego à maçaneta a tempo.

O seu corpo empurra o meu contra a porta…o meu braço queixa-se.

- Estás a fugir, Emily? – a sua perna está no meio das minhas. O seu pau cresce contra mim. – Vais ficar e vais ver. Vais aprender como se fode! Vais ter de aprender para agradar ao teu novo dono. – morde-me o lóbulo da orelha. – Para ele tu não vais ter mais nenhuma utilidade…podes esquecer que já foste médica… - sei que sorri. – Vais ser apenas uma boceta branca e apertadinha, vais ser a branca que gosta de levar no cu.

- Estás a repetir-te… - tento parecer segura.

A sua mão sobe devagar, começa na minha nádega e termina na minha nuca, aperta-a.

- Vais sentar-te na cadeira, vais despir-te, vais abrir as merdas das pernas – ri – e vais deixar a Pamy chupar-te, enquanto a como…vais ouvi-la gritar o meu nome – é cruel. – e vais desejar que o meu pau esteja dentro de ti! Vais perceber que nunca mais o vais ter…nunca mais me vais sentir…nunca mais vais ouvir a minha voz ao teu ouvido…a murmurar o teu nome, enquanto gozo…

Imagino a cena que ele descreveu da Pamy, evito pensar na falta que vou sentir dele… penso numa forma de sair da situação, uma maneira de escapar.

- Não faças isso, Azazel! – sussurro. – Tu não és assim!

- Tu não sabes quem eu sou!

- Peço desculpa por interromper o vosso momento de amor.

Pamy…esqueci por completo dela…Azazel também se afasta de mim tomado pela surpresa.

Continuo agarrada à porta, ele já não me prende, mas estou paralisada. Não mexo um centímetro de mim. Espero e desejo que a Pamy o distraia. Que se ajoelhe diante dele… o que doía há minutos, deixa-me feliz agora.

- Emily, faz o que mando! – ele não me esquece. Continuo a não me mexer. – Queres que te vá buscar?

- Não sejas tão mandam, Azazel… - Pamy solta uma gargalhada rouca e sensual. – Anda cá minha querida.

Sei que fala comigo.

- Emily…não sejas mal-educada!

Esqueço a forma absurda como ele fala comigo…viro-me lentamente.

Pamy está a uns passos de mim de braço esticado. Algo nela me instiga confiança.

Engulo todo o ar e estico o meu braço para ela…dá-me um beijo na mão e sinto nojo de mim…como se a culpa de tudo fosse minha.

- Vamos lá ver o que temos aqui.

As costas da sua mão passa pela minha face, desce pelo meu pescoço…desaperta os botões do vestido um por um.

Anjo de Pedra disponível até 31/12Onde histórias criam vida. Descubra agora