Sesshoumaru POV
Mais um dia normal para o vice-presidente do grupo Taisho. Reuniões em outra empresa na parte da manhã e agora eu voltava ao escritório para mais trabalho. O Grupo Taisho, fundado pelo meu pai, Inu no Taisho, era uma das maiores empresas do Japão. Envolvido em vários segmentos e dominando quase todos eles, éramos uma família há séculos no poder e provavelmente ainda sériamos nos séculos que viriam. Éramos youkais poderosos ligados a outros clãs de youkais poderosos. Se no passado lutávamos, agora manipulávamos tudo muito bem. Se adaptar aos tempos foi o que garantiu o sucesso dos youkais e pretendíamos continuar assim.
Eu estava no banco de trás do carro que me levava de volta à empresa e verifiquei meu celular. Três e-mails de Kagura, minha secretária, com quem eu ocasionalmente transava antes, durante ou depois do expediente. Depois de tantos séculos você acaba conhecendo todas as youkais disponíveis e eu já havia dormido com todas as que me interessavam, inclusive com hanyous já que se tornaram tão comuns conforme humanos e youkais foram coexistindo pacificamente. Meu próprio pai tinha um hanyou, Inuyasha, que também trabalhava na empresa, mas de quem eu nunca gostei muito.
O fato é que eu estava um pouco entediado com os casinhos puramente sexuais mais do que fixos. Não é que eu estivesse querendo me apaixonar, eu só queria... foder alguém diferente. No entanto, ninguém chamava a minha atenção e já há algum tempo eu seguia tendo apenas uma diversão moderada com as youkais que eu já conhecia.
Os e-mails de Kagura eram, obviamente, sobre trabalho e eu respondi do carro mesmo. Ela tinha tanto interesse em mim quanto eu tinha nela – praticamente nenhum - e isso garantia que trabalhássemos bem juntos.
O motorista deixou-me bem na porta do prédio e eu me encaminhava para o elevador quando a vi. No hall, de frente para a máquina de café, uma jovem parecia irritada e tentava levemente sacudir a máquina enquanto falava qualquer coisa para aquele objeto inanimado. Normalmente pareceria ridícula, mas tinha algo de interessante naquela cena. Além disso, era bonita. Tinha longos cabelos castanhos e o corpo delicado. Usava um vestido preto que marcava sua cintura e tinha mangas caídas, expondo os ombros. As pernas eram delgadas e suas pequenas mãos sacudindo a máquina tinham as unhas pintadas de verde. Poderia ser bem divertido ver o que tinha por baixo do vestido talvez sentir aquelas mãos de unhas coloridas tocando partes específicas do meu corpo, finalmente alguém parecia interessante... mas era humana. Este Sesshoumaru não saía com humanas, definitivamente. Mesmo assim, refleti por um momento e, por tédio ou por instinto, fui até lá.
- A máquina de café cometeu algum crime? – perguntei, me aproximando
- Olha, até que sim! Ela comeu meu dinheiro! – disse ela com um olhar divertido e indignado ao mesmo tempo – Ela podia ou devolver o dinheiro ou me dar meu café, né? Que máquina mais babaca, sinceramente!
Ela evidentemente não sabia quem eu era e achei graça que me tratasse tão naturalmente.
- Vejo que você realmente quer um café, Senhorita...?
- Higurashi. Eu sou Rin Higurashi. – disse ela, agora sorrindo e corando um pouco.
Eu conhecia aquele sobrenome, mas essa era outra história.
- Bom, Senhorita Higurashi, já que quer tanto um café, eu lhe pago outro, está certo? – Disse eu enfiando uma nota na máquina – Vou mandar alguém olhar esse comportamento criminoso depois.
- Mas... você nem me conhece! Que gentil. Obrigada. - disse ela com um sorriso surpreso
A máquina agora entregava o café de Rin.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...