2 - Você quer ir para casa?

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Rin POV

Fiquei olhando para tela do celular com vontade de rir. A Kagome não falou que esse homem odiava humanos? Será que ele tinha odiado tanto assim que eu xinguei a máquina de café da empresa dele e tinha resolvido me matar? Não dava para incomodar minha prima no trabalho com um assunto desses, então eu precisava decidir sozinha.

Era um convite para jantar... certamente ele não queria ser meu amigo nem ouvir minhas opiniões sobre Economia. Ou ele realmente queria me matar ou ele queria... outra coisa bem mais legal para mim. Mas por que eu? Eu era humana, além disso ele provavelmente poderia ter qualquer outra que quisesse. A ideia parecia um pouco assustadora, porque pensando bem, aquele homem era assustador à beça. Ele só tinha me visto no hall da empresa e já tinha até meu número, que com certeza não foi a Kagome quem passou.

Por outro lado, quando eu teria outra oportunidade? Minha vida amorosa não andava lá essas coisas. Eu tive um namorado na escola de quem eu nem gostava muito e depois fiquei saindo com o Kohaku, um veterano da faculdade que... não sabia muito bem o que estava fazendo. O Sesshoumaru parecia saber e eu estava mesmo querendo aprender. Esse pensamento foi o que me fez responder.

Janto.

O que mais eu ia dizer? Não é como se ele estivesse querendo bater papo. Alguns minutos depois, recebi outra mensagem.

Bom. O motorista te busca às 20h. – ele respondeu

Você precisa do meu endereço ou já tem isso também? – respondi

O que você acha? – foi a resposta dele e eu não pude conter o riso.

...é. 20h então. – Respondi.

Ótimo, eu tinha aceitado sair com um youkai que já sabia até meu endereço e que, segundo minha prima, odiava humanos. Surpreendente a minha capacidade de tomar decisões racionais. Em minha defesa, eu tinha acabado de terminar meu primeiro semestre da faculdade e queria curtir um pouco a minha nova vida de jovem adulta.

Ainda era cedo e eu terminei os pacotes que enviaria no dia seguinte lá para o fim da tarde. Para minha sorte o negócio de camisetas ia bem e eu tinha várias para enviar. Depois que acabei o trabalho, minha cabeça começou a dar voltas. O que eu devia vestir? Onde eu tinha aceitado ir? Eu ia voltar para casa hoje né, porque eu tinha que ir no correio amanhã... E talvez fosse um pouco cedo para acontecer alguma coisa? E se eu botasse uma calcinha feia? Isso certamente me impediria de aceitar... Que droga a Kagome não estar em casa para me ouvir!

Tomei um banho ainda completamente perdida nesses pensamentos, sequei o cabelo e comecei a difícil tarefa de escolher uma roupa. Ainda de toalha percorri todo o meu armário e nada parecia aceitável. É difícil algo parecer bom o suficiente quando você não sabe onde está indo com um homem que é o mistério em pessoa.

Acabei escolhendo um vestido azul simples, acima do joelho. Era preso no pescoço e justo da parte do busto até a cintura, com as costas nuas e a saia rodada. Não quis exagerar na maquiagem, então optei por passar só um pouco de blush e rímel. Nos pés, sapatos baixos e para acompanhar, uma bolsa pequena. Não tive coragem de usar uma calcinha feia porque nunca se sabe o que pode acontecer, então escolhi uma normal e tomara que aquilo servisse mesmo.

Mandei uma mensagem para Kagome, que ia trabalhar até tarde, para ela não se preocuprar:

Tenho um encontro, devo voltar tarde. Qualquer coisa o localizador do meu celular tá ligado.

Ela respondeu:

Uuuuuh encontro! Do nada assim? Quem é?

Encerrei o assunto antes que acabasse contando tudo pra coitada que estava no trabalho:

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora