34 - Vai parar de usar minhas camisas?

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Rin POV

Na segunda enrolei para levantar porque a elaboração da nossa lista tinha ido até tarde. Pelo menos tínhamos conseguido elencar uma lista de prioridades e montar mais ou menos um cronograma de quando as coisas seriam feitas. No entanto, as meninas seguiam sem nome pois Sesshoumaru e eu não concordamos com nenhuma opção até ficarmos praticamente sem opções.

Passamos rapidamente na gráfica para fazer uns pedidos e logo partimos para a execução do nosso plano.

- Primeira parada: loja de móveis e decoração! – disse eu, entrando no carro.

- E segunda parada, qualquer shopping que venda roupas para gestantes. Eu não aguento mais você resmungando todo dia que nada cabe e usando minhas camisas que vão quase até seu joelho. Hoje você deve ter levado umas duas horas para achar algo que sirva. – Emendou ele, revirando os olhos.

- Ei, você disse que eu ficava bonitinha com as suas roupas!

- Eu disse, mas é isso que você quer vestir todo dia, pelos próximos três meses enquanto reclama no meu ouvido que está horrível, uma bola, um planeta? Não é como se nós fossemos pobres, Rin, por favor. – explicou ele, com bom humor.

- Eu sei, mas é que eu fico pensando que é meio desperdício comprar coisas que eu nunca mais vou usar. – disse eu, dando de ombros.

Sesshoumaru fez uma pausa pensativa.

- Nunca mais?

- É... né? Nós já temos duas filhas, não é como se precisássemos arrumar um irmãozinho para o nosso bebê ou algo assim. – respondi, apontando para minha barriga – O irmãozinho do bebê tá aqui dentro junto com o próprio bebê.

- Bem, não importa, como eu já falei, não somos pobres. Então você pode doar essas roupas todas assim que não servirem mais e no próximo bebê eu compro tudo de novo. – disse ele, ignorando minha resposta

- Como é?! Engraçado, eu lembro de um homem que me disse que não queria ser pai... – comentei, achando graça

- É que não está sendo tão ruim... – disse ele, desviando brevemente o olhar para mim

Eu soltei uma gargalhada.

- Sesshoumaru, daqui um ano, quando essas crianças estiverem acordando de madrugada, chorando ao mesmo tempo etc. você me fala quando quer ter o próximo bebê, certo?

- Pode marcar a data, Senhorita Higurashi... – disse ele, confiante - Aliás, tem outra data que precisamos marcar.

- É, sobre isso... eu acho melhor esperarmos as meninas nascerem. – disse eu com cuidado.

- Ah, que bom. – Sesshoumaru deu um suspiro de alívio - Eu achei que ficaria ofendida se eu sugerisse isso, mas não me parece que seria muito confortável para você.

- E como a gente ia arrumar um casamento em tão pouco tempo? – completei - Além do mais, eu gosto da ideia de as nossas filhas já estarem aqui para ver isso. – disse eu, com ternura

- Você sabe que elas provavelmente estarão chorando ou dormindo, né? – ele riu

- Shhhhh, deixa eu sonhar!

- Ah, você pode, mas eu nem posso sonhar em ter outro filho... Entendido, muito justo. – disse ele, dando um meio sorriso zombeteiro enquanto parava o carro no estacionamento da ampla loja de móveis e decoração.

****

Precisávamos escolher berços, armários, trocadores, uma cadeira de amamentação, artigos decorativos. Papel de parede? Talvez. E um tapete? Junta pó, mas é fofinho para quando estiverem brincando no chão. Bebês não precisam muito de brinquedos! Mas esse urso é bonitinho, e esse mobile tem umas coisas que brilham tão bonitas... as opções eram infinitas e iam nos enredando como se fossem as coisas mais importantes do mundo.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora