Sesshoumaru POV
No dia anterior, eu havia comprado um par de brincos para Rin, pedras da Lua para combinar com o colar. Buscá-los era a única razão pela qual eu havia voltado ao meu escritório depois do almoço. Faltavam dez minutos para encontrá-la no hall e aquilo era tempo mais do que suficiente para subir, pegar os brincos e descer de novo.
Exceto que não foi tempo o suficiente.
Eu havia transado com Chiharu várias vezes durante minha estadia em Osaka. A Taisho estava se fundindo com a Kaho, empresa do pai dela e Chiharu, assim como eu, tinha um alto posto nos negócios do pai. Éramos do mesmo clã, ambos muito ambiciosos e nada dispostos a perder. Na época isso me pareceu uma diversão, algo que eu precisava para acalmar meus sentimentos por Rin, mas agora era evidente que nosso envolvimento havia sido um erro. Chiharu estava bem ali, sentada na minha cadeira, com um sorriso malicioso no rosto.
- O que quer? – perguntei, esperando me livrar logo de sua visita inesperada.
- Ora, isso é jeito de me receber, Sesshoumaru? Sente-se, vamos conversar. – disse ela calmamente.
- Não me diga o que fazer. E saia da minha cadeira, eu não te chamei aqui. – Rebati rispidamente.
- Eu esperava uma recepção mais calorosa – disse ela se aproximando – ainda mais na minha situação... Sabe, Sesshoumaru, meu pai está morto. Estranho um youkai morrer, né? Mas um acidente com o helicóptero deixou o papai no fundo do mar... não tem compaixão de uma mulher de luto?
- Eu teria se não suspeitasse que você é a culpada. – Respondi. – Uma perda para o conselho da empresa, sem dúvidas, mas se era só isso você já pode ir.
- Ora, não me julgue, você sabe que nós dois somos muito parecidos. Eu fiz o que tinha que fazer... Veja, Sesshoumaru, com a morte do meu pai eu assumo o lugar dele aqui, e também a liderança do ramo do nosso clã em Osaka. Vamos nos ver bastante.
- Não somos iguais, Chiharu, mas não se preocupe, você assumirá o lugar de seu pai.
- Eu sei que sim. – disse ela, convencida – Só que eu não acabei. Sendo eu a nova líder do clã em Osaka, um herdeiro seria muito útil. Já que nos demos tão bem, eu resolvi que nós dois podemos gerar uma criança que herdaria os dois ramos do clã. E você sabe, crianças youkais demoram muito a crescer, é melhor nós providenciarmos logo isso. – ela agora se aproximara um pouco mais.
Não pude evitar de achar graça.
- Ótimo plano, Chiharu, exceto pelo fato de que você não pode contar comigo nele. Agora, se me dá licença, eu tenho mais o que fazer. – disse eu, me dirigindo à minha mesa, onde havia guardado os brincos. Se corresse, não me atrasaria para encontrar Rin.
- É por causa da humana? Não se preocupe, eu não quero exclusividade. Mas se ela entrar no meu caminho, ficarei feliz de dar um jeito nela. Acho que você já viu como eu sou boa de resolver as coisas. – Chiharu disse aquilo tranquilamente, e então eu soube que não iria me encontrar com Rin naquela hora.
Em silêncio digitei rapidamente as duas mensagens, uma para Kagura e uma para ela. Chiharu podia ser lunática comigo o quanto quisesse, mas não mexeria com Rin.
- É por mim. Eu não quero seguir o seu plano. – Enfatizei.
- Tudo o que você tem que fazer é o que já estava fazendo mesmo... – Chiharu agora estava quase colada a mim – e fazia muito bem, por sinal.
- Que bom que você gostou, eu achei mediano. Nem essa parte da proposta é boa. – Respondi com frieza.
Chiharu deslizou rapidamente sua mão até o meio de minhas pernas, pressionando meu membro de uma maneira que ela certamente se lembrava ser a que eu gostava.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...