31 - A vingança é uma certeza. - Parte 1

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Rin POV

Na segunda-feira, Inuyasha levou Kagome e eu até o consultório da Dra. Serizawa, onde eu tive alta definitivamente. Estava tudo bem comigo e com as meninas, apenas devia evitar grandes esforços, mas em geral podia levar minha vida quase normalmente.

Na terça-feira, Yuuko Ichihara esteve no apartamento durante o dia. Aparentemente ela era tão amiga de Sesshoumaru que ele confiava nela para saber onde eu estava e que ainda estávamos juntos. Além disso, Yuuko não era uma yokai cachorro e sim uma feiticeira, tendo apenas alguns contatos dentro do clã. Era uma estilista talentosa, não apenas de lingeries, e estava lá para tirar minhas medidas e providenciar um vestido para o encontro em tempo recorde. Como eu disse, Yuuko era uma feiticeira e provavelmente não seria com as próprias mãos que ela costuraria aquela peça. Todo o modelo foi pensado para evidenciar a minha gravidez, além de me deixar esplendorosa, é claro.

Kagome voltou para casa nesse dia e na quarta-feira, véspera de natal, Sesshoumaru e eu finalmente conseguimos montar a árvore que eu havia comprado no começo do mês e que agora parecia uma memória distante.

Era curioso como Sesshoumaru podia ser tão cirúrgico em várias áreas da vida, mas não entendia nada de coisas simples como fazer embrulhos ou montar uma árvore de natal. Ele havia nascido um príncipe e nunca tinha precisado fazer tarefas tão simples, afinal. Com muitas instruções minhas – e risadas também - ele juntou todas as partes e eu pendurei meticulosamente os infinitos enfeites que havíamos comprado junto.

Eu não estava postando nada no Instagram por enquanto, mas mesmo assim fiz com que ele vestisse vermelho para combinar comigo e produzi uma foto nossa perto da árvore. Nós quatro e o nosso primeiro natal.

Sesshoumaru POV

Na quinta-feira era dia de Natal. Na Taisho, os funcionários humanos e yokais de outros clãs estavam preocupados em arrumar um encontro para aquela noite, mas os yokais cachorro estavam todos com a cabeça dois dias a frente: o encontro do nosso clã no sábado a noite.

Passei um tempo refletindo sobre o que acontecera com Chiharu e concluí que era melhor iludi-la um pouco mais de que não a odiava mortalmente, dessa vez evitando que ela me atacasse repentinamente. Naquela tarde eu mesmo fui procurá-la e Rin já estava ciente disso.

- Sesshoumaru? A que devo essa surpresa? – perguntou, me recebendo em sua sala.

- Pensei na conversa que tivemos. – respondi, casualmente me encostando em uma das paredes.

- Preparado para voltar ao normal?

O ódio já estava subindo e agora chegava perto de transbordar. Chiharu não podia me dizer o que era normal ou não, principalmente se tratando da minha família.

- É, o luto não durou muito. – respondi com meu melhor sorriso irônico – E eu e você ... Pode ser tenhamos algumas coisas para fazer juntos, tenho certeza de que vou me divertir.

- Que bom que percebeu. – respondeu ela com um sorriso malicioso

- Vejo você no sábado a noite? – perguntei, dando a entender que queria vê-la de outra forma.

- É claro. – disse Chiharu, com sua habitual expressão confiante.

- Teremos muito o que relembrar. – Encerrei de maneira maliciosa, virando-me para sair da sala.

Claro que teríamos o que relembrar. O jeito que ela tentou matar minhas filhas, como assumiu seu posto em Tóquio... e tudo isso, de fato, me divertiria muito.

Chiharu POV

Eu sabia que aquele beijo plantaria uma semente na cabeça de Sesshoumaru. Nós dois éramos um par lógico e poderoso e eu confiava nas minhas habilidades de sedução. Não é como se eu quisesse que ele me amasse, eu só queria uma aliança. O objeto e a parceria.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora