Rin POV
As aulas voltaram alguns dias depois. Sesshoumaru não me procurou mais e eu e Kohaku agora nos veríamos todos os dias. Ele estava alguns semestres à frente, mas sempre podíamos nos ver nos intervalos.
Mais um semestre começando e eu com certeza ia ficar ocupada com as aulas, provas, trabalhos e a minha loja online, o que era perfeito, pois me dava ainda menos tempo de pensar em tudo o que tinha acontecido.
No primeiro dia tudo correu normalmente, no segundo eu não estava me sentindo muito bem e resolvi sair da sala. Provavelmente era só uma queda de pressão. Nagisa saiu comigo e me levou até a enfermaria da faculdade, mas eu só descansei e bebi água, atribuíram o mal estar ao calor que ainda não tinha ido embora e ficou por isso mesmo. Terminei as aulas do dia e na saída encontrei com Kohaku, ele me acompanhou até em casa – eu não morava muito distante do campus – e tomamos sorvetes no caminho.
Postei uma foto de nós dois sorrindo com as casquinhas. Dessa vez não para provocar ninguém, mas simplesmente porque era um momento feliz que eu queria compartilhar. Ele não subiu até o meu apartamento, mas dei-lhe um discreto beijo de despedida na portaria. Subi e me apressei a responder e-mails e depois a ler uns textos para a aula do dia seguinte. Fiquei tão ocupada e ao mesmo tempo me sentia tão bem que tinha até esquecido o mal estar que tivera pela manhã.
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A quarta e a quinta correram do mesmo jeito. Não tornei a me sentir mal e dei conta de todas as minhas tarefas: estudos, trabalho, produção de conteúdo para a internet. Kohaku me ajudou em algumas dessas atividades e em um dos dias ele fez bem mais que isso... Eu não sentia por ele o mesmo que senti quando estava com Sesshoumaru – o mesmo que eu ainda sentia por Sesshoumaru – mas estava feliz com o desenrolar daquela relação e realmente desejava que em algum momento eu me apaixonasse por ele. Só que as coisas estavam prestes a ficar mais difíceis.
Sesshoumaru POV
Olhei o Instagram de Rin a semana inteira. Aquilo era totalmente irracional e só servia para me deixar mais irado, mas eu precisava vê-la de alguma forma. Fotos produzidas, fotos da faculdade, das coisas da loja... uma foto dela com aquele garoto. Sorrindo, felizes com seus sorvetes. Aquela foto me dava um sentimento ruim, algo parecido com dor. Eu não sabia explicar, mas de alguma forma eu queria que fosse eu no lugar dele. Que fosse eu o responsável por aquela felicidade tão trivial. Que todos aqueles comentários de corações e mensagens de aprovação fossem sobre nós dois. Eu queria... estar ao lado dela.
Me lembrei da festa, em que não pensei duas vezes antes de admitir na frente do meu pai, do Inuyasha e da Kagome que Rin estava – ou deveria estar - comigo. Naquela hora foi puramente instintivo, mas em todos esses anos de vida eu já tinha aprendido que meus instintos pendiam sempre para o que eu realmente sentia.
Eu não sabia como fazer o que Rin queria. Não sabia estar em um relacionamento, muito menos com uma humana, mas se a outra opção era não tê-la, talvez eu pudesse pensar nisso. No entanto, Rin estava com alguém agora e eu não sabia se toparia arriscar-se comigo de novo. Ainda assim, toda vez que eu era bombardeado por fotos de Rin seguindo uma vida onde eu não estava, o sentimento parecido com a dor voltava mais intenso.
Comecei a me dar conta de que realmente eu tinha feito muito pouco por ela. Nunca tinha demonstrado interesse em seus planos, seus hobbies, seus sonhos, e se alguma vez o tinha feito fora por conveniência. Provavelmente algo que tinha a ver com sexo. Se Rin queria essa atenção para se decidir por alguém, certamente eu não estava no páreo.
Me revirei na cama pensando nisso. Eu estava com saudades dela perto de mim, afinal, já fazia mais de um mês que não a tinha em meus braços, mas a saudade misturava-se com culpa conforme eu percebia que eu mesmo tinha deixado Rin escapar.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...