23 - Quer morar comigo?

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Sesshoumaru POV:

Rin estava terminando o primeiro trimestre da gravidez e teve mais uma consulta com a Dra. Serizawa. Dessa vez, eu pude acompanhá-la sem problemas. Estranhamente, Chiharu havia ficado quieta depois daquela tarde em meu escritório. Desde então, tínhamos nos visto em três ocasiões diferentes, todas a trabalho, e ela no máximo havia me tratado com uma aparente indiferença, arruinada por aquele olhar de quem na verdade estava pronta para montar em mim. Um comportamento até muito normal da parte dela. Portanto, Rin e eu estávamos vivendo alguns dias de paz.

Nós dois paramos para um café - descafeinado para Rin - e conversávamos sobre a consulta daquela tarde.

- Então, a Dra. Serizawa disse que as náuseas devem diminuir bastante nesse estágio da gravidez. – comentei

- Ainda bem! Não aguento mais me sentir tão fraca e está atrapalhando os meus estudos e o meu trabalho, não consigo fazer nada!

- Talvez seja um bom momento da gravidez para organizar sua mudança. Quando se sentir mais disposta, é claro. - disse eu

- Como é? - ela rebateu imediatamente

- Não é óbvio? Você não pode morar no seu quarto com os bebês, é melhor você se mudar para minha casa o quanto antes.

- Não, obrigada. - ela interrompeu

- "Não, obrigada"? É só isso que tem pra dizer?

- O que mais você quer que eu diga? - perguntou, franzindo as sobrancelhas - Por enquanto eu estou bem onde estou. Além do mais, não sei se quero ir morar com você.

- Por que não moraria? Odeia tanto assim a ideia de viver comigo? - eu estava sem entender porque tanta resistência.

- Nós estamos namorando, Sesshoumaru, claro que eu gosto de você, mas está muito no começo da nossa relação... eu não quero dar esse tipo de passo só porque estou grávida. - disse ela, como se a ideia fosse algo absurdamente ofensivo.

- E qual o seu plano exatamente? - perguntei, erguendo as sobrancelhas.

- Eu não sei, a Kagome está pensando em ir morar com o Inuyasha, então eu poderia ficar no apartamento. Quem sabe?

Eu estava começando a ficar irritado.

- Você percebe que está sendo ridícula e despreparada? Quer que eu apenas visite você e nossos filhos?

- Não sou ridícula, só tenho o direito de não dar um passo importante em um relacionamento apenas por estar grávida. Eu ainda sou eu e não um invólucro ambulante de bebês.

- Você realmente acha que seria apenas por isso? - perguntei exasperado.

- Não é óbvio? Você mesmo disse que era por causa das crianças.

- Você não está entendendo. - disse eu, balançando a cabeça com um suspiro. - Eu estava pensando que isso é parte de ser uma família...

- Nós somos a família desses bebês - disse ela e eu reparei que não dizia que nós dois éramos uma família também - Eu só não quero apressar o resto.

- Certo, não se preocupe. Faremos como você quiser. - disse eu tentando convencer com um sorriso fraco.

Rin não pareceu se abalar com a minha expressão de desapontamento. No carro ela foi falando sobre outras coisas da consulta, mas me limitei a apenas assentir ou responder monossilabicamente. Deixei-a em casa porque ela tinha um trabalho da faculdade para terminar e combinamos que ela iria dormir comigo no dia seguinte.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora