28 - Quer fazer um novo acordo?

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Sesshoumaru POV

Naoko vivia em um prédio habitado basicamente por yokais, em um bairro de classe média de Tóquio. Era membro de uma das famílias menos poderosas e influentes do clã, mas não era pobre e nunca havia sido necessariamente mal paga por mim.

Dirigi até lá ainda explodindo de raiva, mas ao chegar, me concentrei para que minha aparência demoníaca não chamasse muita atenção. Entrar sem aviso não foi difícil, uma vez que eu era conhecido por outros yokais e ninguém se atreveria a me barrar.

Eu podia sentir seu cheiro e fui guiado por ele até o apartamento no terceiro andar. Era bem provável que ela conseguisse me farejar também, porque agora eu podia sentir o medo em seu odor. Não precisei tocar a campainha ou derrubar a porta, apenas um movimento normal com a minha força foi o suficiente para arrebentar a fechadura e me dar passagem à pequena sala decorada com temas florais e tons pastel. Nem todas as pessoas ruins eram sombrias, alguns podiam se esconder atrás de personalidades um tanto graciosas e esse era o caso aqui.

Naoko estava de pé em um canto, seu corpo encolhido, os olhos arregalados de pavor . A coragem e a burrice dela ainda me chocavam um pouco, pois se estava com tanto medo, era óbvio que conhecia as consequências e ainda assim tinha ido em frente.

- Boa noite, Naoko. – disse eu, calmamente encostando a porta atrás de mim.

- Se-senhor Sesshoumaru, eu... – ela tentou dizer algo

Caminhei pela sala e me sentei confortavelmente no sofá.

- Sabe, Naoko, você sempre foi uma boa funcionária, então eu vou te dar a chance de explicar porque tentou matar meus filhos sem lhe causar muito sofrimento no processo. Desde que você colabore, claro. – expliquei

- Se-senhor Sesshoumaru, eu, eu... foi ela, eu estava apenas seguindo ordens. – ela agora tremia como se o ambiente estivesse muito frio.

- Ela... – eu dei um sorriso debochado – Diga nomes, Naoko, vai ser melhor para você.

- Eu não posso, ela... ela vai...

- Te matar? E o que você acha que eu vim fazer aqui, te mandar para uma fazenda? – questionei, levantando e me aproximando dela, minha mão suavemente envolvendo seu pescoço, pronta para não ser mais tão suave assim. – Diga o nome, Naoko. – ordenei, agora aplicando alguma força.

Naoko arquejou e eu apertei mais, até saírem lágrimas de seus olhos e seu rosto ficar vermelho.

- O nome. E todo o resto. – disparei, soltando-a.

- A Senhora Inukimi – ela disse, recuperando o fôlego – Ela me procurou e me ofereceu dinheiro para espionar a Senhorita Higurashi e também... ela disse que se eu as ajudasse eu poderia conseguir um marido de melhor posição social no nosso clã... – ela soluçava

Eu sentia meu sangue pulsar dentro das veias. Aquele nome não era uma surpresa, mas ainda me despertava a mais profunda raiva. Ainda assim, me mantive calmo. Eu queria saber cada detalhe.

- "As ajudasse"? Minha paciência está acabando, fale logo. – ordenei, sacundindo-a pelos ombros.

- A Senhorita Kaho também... foi ela quem me deu os remédios e me explicou como usar. – ela agora tremia ainda mais.

- Ah, Naoko... Não trema agora, você sabe que foi você mesma que escolheu morrer.

- Ela me garantiu que ninguém descobriria, que o remédio faria efeito rápido e pareceria um mero acaso! Eu só queria um pouco mais da minha vida! – ela chorava em desespero

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora