35 - Aguardando a chegada...

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Rin POV

Minhas amigas vieram me ajudar a desempacotar a mudança. Eu tinha trazido apenas minhas coisas pessoais já que todos os móveis eram do proprietário do apartamento em que Kagome e eu vivíamos.

A cobertura em que Sesshoumaru já vivia sozinho era enorme, mas como estávamos fazendo tudo um pouco no improviso, sem obras ou grandes redecorações, combinamos que eu ocuparia um dos quartos vazios com as minhas coisas. Um deles tinha um pequeno closet e foi justamente o que eu escolhi por conta de todas as minhas roupas e maquiagens.

Futuramente organizaríamos o nosso para que ocupássemos o mesmo espaço, mas por enquanto seria mais rápido assim. Além das roupas e sapatos eu também precisava de ajuda com meus livros e mangás, os muitos bichos de pelúcia que havíamos comprado naquele passeio à Tóquio Disney, entre outras coisas desse tipo.

- Não aguento mais ver troço da Disney, Rin! – disse Satsuki fingindo enforcar um Pluto

- Ai, não fala assim do meu bicho! – respondi tomando da mão dela o pobre cachorro de pelúcia.

- Que fixação com cachorros você tem! – disse Mei rindo

- Nossa, olha o caos isso ainda está – interrompeu Nagisa – acho que não vamos acabar nunca!

- É verdade... me desculpem por isso, é que eu não posso fazer sozinha e Sesshoumaru e eu já estamos atolados até o pescoço com os preparativos para a chegada das meninas... – expliquei

- Claro, Rin! Não estou reclamando, nós estamos aqui para te ajudar mesmo. – respondeu ela

- E em breve é capaz de eu precisar ainda mais, porque não tem muito como ele se afastar logo agora que assumiu o clã e eu estou ficando maior a cada dia... me pergunto como vai ser quando elas nascerem. – Observei, pensativa

- Vocês são ricos, cara. Por que essas crianças não têm uma babá ainda? Gente rica já contrata babá antes de parir. – disse Satsuki, fazendo com que Mei – que era mesmo muito rica – caísse na gargalhada e concordasse.

Senti um embrulho no estômago ao pensar naquilo e mal pude levar a ideia adiante, era como se um grande "não" ecoasse dentro de mim e instintivamente levei as mãos a barriga.

- Ah... nós já estamos pensando nisso... – desconversei – é que não é tão fácil arrumar alguém.

- E uma empregada também, né? Desde aquela história da Naoko vocês vão se afundando cada vez mais no pó dessa casa, já que nenhum dos dois consegue dar conta.– Sugeriu Mei.

- Estamos vendo isso também. – menti – Alguém quer um chá ou café? Isso eu mesma posso fazer. – ofereci, querendo mudar de assunto.

- Eu beberia o whisky que o Sesshoumaru guarda no bar... – disse Satsuki para ninguém em especial, mas todas concordaram.

Eu não podia beber, mas trouxe a garrafa mesmo assim e a arrumação se tornou muito mais animada. Levamos quase todo o dia naquilo e quando acabamos, minhas amigas estavam bêbadas e exaustas. Eu estava só exausta mesmo e com uma super dor nas costelas pois aparentemente uma das bebês descobriu que era legal chutar ali.

As vezes eu sentia falta de ser uma universitária normal, fazendo coisas normais da minha idade. Eu ainda não tinha vinte e um anos e já me preparava para receber duas filhas e me casar. Observá-las afetadas pelo álcool, falando besteiras e planejando saídas de fim de semana me deu um pouco de inveja, como se eu quisesse estar em dois mundos ao mesmo tempo, mas logo o pensamento sumiu da minha cabeça.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora