37 - Epílogo

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Kohaku POV

Minha vida tinha seguido sem Rin e eu realmente estava feliz por ela, que tinha duas filhas adoráveis e seguia casada com Sesshoumaru. Não éramos mais amigos mas eu ainda sabia dela por amizades em comum ou pelas redes sociais, já que ela agora era uma influencer famosa e tinha levado sua loja de camisetas a outro nível, tendo agora sua própria marca de roupas.

Quanto a mim, eu tinha acabado de me formar em Economia e estava trabalhando em uma empresa de consultoria. Minha carreira era promissora, eu tinha me mudado para um apartamento maior e estava guardando algum dinheiro. Não tinha feito progresso com nenhuma namorada depois de Rin – não que eu e ela tivéssemos feito algum progresso também – então me limitava a sair com uma ou outra que conhecia em aplicativos de relacionamento ou ainda algum encontro às cegas planejado por algum amigo. Ainda assim, nada fora do normal, a vida seguia bem.

Em uma segunda-feira chuvosa, tive uma reunião com investidores de uma rede de cafeterias. Aparentemente a presidente, uma bela yokai que apesar de ter séculos não aparentava ter mais do que trinta anos, tinha sido garçonete em uma cafeteria e começara seu próprio negócio do zero cerca de cinco anos antes. No entanto, a rede era um sucesso e já contava com quase cinquenta lojas pelo Japão.

Inukimi não era exatamente uma mulher simpática e claramente preferia trabalhar apenas com yokais. Inclusive, ela tinha solicitado especialmente um colega yokai para mediar os negócios entre nossas empresas, mas ele teve um imprevisto e eu acabei indo em seu lugar.

- Kohaku é o seu primeiro nome, certo? – disse ela quando as outras pessoas saíram da sala.

- Sim, senhora.

- Você não era o que eu esperava, Kohaku. Não sou de fazer negócios com humanos. – disse ela, me estudando atentamente.

- Posso pedir para que algum colega yokai retome as negociações, apenas não foi possível hoje. – Respondi, sem me importar.

Inukimi mordeu os lábios por um momento, pensativa.

- Não, acho que você vai servir. – Ela disse, andando pela sala para me olhar de diferentes ângulos. Alguma coisa em seus olhos fazia com que eu me sentisse avaliado e não tinha a ver com trabalho.

Depois de uma breve pausa, ela continuou.

– No entanto, tem algumas coisas na proposta que eu ainda quero discutir. Acha que podemos chegar a um acordo?

Maldita hora que eu disse "sim".

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora