Rin POV:
Os dias que se seguiram foram diferentes da nossa rotina. Na sexta, Kagome ficou comigo durante todo o dia e Sesshoumaru veio à noite. No fim de semana ele ficou comigo enquanto Kagome discretamente foi para casa de Inuyasha e voltou apenas no domingo a noite.
Eu perderia mais de uma semana da faculdade, inclusive a entrega de alguns trabalhos antes do recesso de inverno, mas Kagome, a advogada da família, conseguiu que eu pudesse apenas enviar os trabalhos de casa mesmo. Fazê-los pelo menos ocupava um pouco do meu dia, já que eu tinha que ficar deitada o tempo todo. Se aquelas vacas me fizessem reprovar, a minha vingança seria maior ainda, porque eu realmente estava me esforçando para deixar meus estudos em ordem antes do parto.
Na segunda, tínhamos voltado ao esquema de Sesshoumaru ficar comigo durante a noite e Kagome durante o dia. As vezes ele dormia no apartamento da cobertura para não dar muita bandeira, mas era só precaução agora que não podíamos mais ter certeza se estávamos sendo observados ou não.
A Dra. Serizawa veio me ver para ter certeza de que estava tudo certo e acompanhar meu caso. Por sorte estava tudo bem e provavelmente eu poderia voltar a viver – sem muito esforço – minha vida normal ao fim dos dez dias de repouso.
No Instagram, postei apenas uma foto da minha mão com o acesso intravenoso no hospital -sem o anel no meu dedo – com uma legenda mencionando muita dor e tristeza, mas sem dar detalhes do que havia acontecido. Recebi uma chuva de comentários, preocupados ou apenas curiosos e a todos eu respondi sem na verdade dizer coisa nenhuma. Eu estava realmente ficando popular naquela rede.
Eu agradeci Mei por me socorrer aquele dia e mantive contato com as minhas amigas. Dei uma desculpa qualquer para que não me visitassem, mas ainda faltava uma coisa: eu precisava agradecer Kohaku. Estava sem jeito, mas no começo da semana mandei uma mensagem para ele.
R: Kohaku, eu já estou bem e de repouso. Bebês bem também. Muito obrigada pela ajuda, sem você talvez não tivesse dado tempo.
Ele respondeu depois de alguns minutos.
K: Imagina, Rin. Eu só fiz o que tinha que fazer. Fico feliz que esteja bem.
Simples e direto. Parece que muitas pessoas estavam fazendo o que tinham que fazer ultimamente.
Sesshoumaru POV
O boato de que Rin sofrera um aborto correu rápido. Eu sempre fora extremamente discreto sobre minha vida pessoal e mesmo assim os funcionários da empresa especulavam, por isso, muitos começaram a seguir Rin no Instagram quando viram ali alguma chance para fofocas. Era útil, na verdade. Quanto mais aquilo batesse nos ouvidos de Chiharu e da minha mãe, mais elas acreditariam que suas atitudes absurdas tinham dado frutos.
Eu me mantinha impassível na minha expressão, mas podia ver a cara das pessoas quando passavam por mim e algumas eram burras o suficiente para cochichar mesmo sabendo que eu podia ouvir.
"Parece que a humana dele perdeu os bebês"
"ele nem tirou uns dias pra ficar com ela?"
"uma menina do financeiro é prima de uma amiga dela e parece que foi ele quem fez isso"
"bem que era estranho o Sr. Sesshoumaru formando família com uma humana"
E assim os boatos corriam, um mais absurdo que o outro, exatamente como eu esperava que fossem.
A sexta e a segunda de volta a empresa correram sem mais infortunios, até que na terça a perturbação em forma de mãe apareceu para irritar a todos nós.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...