12 - Quer conhecer um lugar?

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Rin Pov

No fim da tarde, eu estava na varanda do quarto respondendo todas as muitas mensagens das minhas amigas querendo saber o que houve comigo na festa. Falei parcialmente a verdade: o cara com quem eu estava saindo apareceu, e eu acabei indo embora com ele, ninguém precisava saber quem. Mesmo que alguém se lembrasse de ter me visto perto do Sesshoumaru, jamais imaginariam que era o caso. Falando no demônio – literalmente – ele apareceu quando eu estava acabando de mandar uma última mensagem.

- Já estamos quase no fim do dia, o sol vai se pôr. Vamos, eu quero te levar a um lugar. – disse ele, me mostrando uma garrafa de vinho e duas taças.

- Hmmm ok? Aonde vamos? – perguntei, me levantando e pegando a sacola de praia para botar as coisas.

- Não muito longe, mas espero que você não tenha um problema com altura, porque vamos voar.

- Se eu tivesse um problema com altura eu não ia querer vir de helicóptero. Helicóptero de novo?

- Então, eu não estava falando desse tipo de voo. – ele riu – Venha cá.

Eu me aproximei e Sesshoumaru me pegou no colo. Me segurava firmemente, mas não parecia que tinha alguma segunda intenção nisso. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e me assustei quando vi que ele rumava para o parapeito da varanda. Íamos pular? Ele ia me jogar lá de cima? Tinha finalmente decidido me matar? Nenhuma das anteriores. Estávamos voando. Além de ser um youkai rico e poderoso, mais bonito que tudo nesse inferno de mundo e de ser dono de uma praia, Sesshoumaru também podia voar? O que ele NÃO podia?

Passado o susto inicial, tentei me manter calma e olhar ao meu redor. A casa, enorme, ficava menor conforme nos afastávamos, na mesma direção em que tínhamos ido naquela manhã. Visto de cima, o mar batendo na areia parecia quase inofensivo. Do outro lado, algumas casas em meio a uma densa vegetação e bem mais a frente, a cidade. Era bonito e ao mesmo tempo reconfortante estar ali, apesar de estar completamente em suas mãos, eu confiava nele e sabia que nada de ruim aconteceria.

Voamos mais um pouco, até pousarmos em uma falésia com o topo coberto por uma grama baixa. À frente estava o mar infinito, e olhando ao longe na direção da praia era possível ver a casa, agora quase minúscula devido a distância.

- Você pode voar e anda de carro para cima e para baixo?! – disse eu quando ele me botou no chão.

- Lógico. Você queria que eu ficasse sobrevoando Tóquio sem problema nenhum? – perguntou enquanto sentava-se de frente para o mar.

- Bom, com todo o trânsito... é, queria sim. – Respondi, me sentando ao seu lado.

- Eu tenho cara de Sailor Moon pra você? – perguntou ele com bom humor

- Olha, com essa lua na testa, se você deixar eu mexer no seu cabelo... – eu ri, imaginando aquilo – E eu não tenho certeza de que a Sailor Moon voa. – Terminei, pensativa e surpresa com aquela referência.

- Bem, não importa. A questão é que, voar certamente chama atenção e todo mundo vê aonde você vai, então eu procuro não fazer isso em qualquer lugar. – Ele agora servia o vinho nas taças.

- Realmente tem alguma lógica. – Respondi e continuei – É tão bonito – disse eu olhando a paisagem – Tudo bem se eu tirar uma foto? Digo, talvez você não queira que eu poste nada, mas não tenho nenhum intuito de deixar as pessoas me associarem a você, então não precisa se preocupar.

- Desde que não tenha nada que leve a mim... – ele deu de ombros.

Tirei algumas fotos e bebemos o vinho em um silêncio confortável enquanto eu, aos poucos, ia me inclinando para mais perto dele até deitar a cabeça em seu ombro.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora