Rin Pov
No fim da tarde, eu estava na varanda do quarto respondendo todas as muitas mensagens das minhas amigas querendo saber o que houve comigo na festa. Falei parcialmente a verdade: o cara com quem eu estava saindo apareceu, e eu acabei indo embora com ele, ninguém precisava saber quem. Mesmo que alguém se lembrasse de ter me visto perto do Sesshoumaru, jamais imaginariam que era o caso. Falando no demônio – literalmente – ele apareceu quando eu estava acabando de mandar uma última mensagem.
- Já estamos quase no fim do dia, o sol vai se pôr. Vamos, eu quero te levar a um lugar. – disse ele, me mostrando uma garrafa de vinho e duas taças.
- Hmmm ok? Aonde vamos? – perguntei, me levantando e pegando a sacola de praia para botar as coisas.
- Não muito longe, mas espero que você não tenha um problema com altura, porque vamos voar.
- Se eu tivesse um problema com altura eu não ia querer vir de helicóptero. Helicóptero de novo?
- Então, eu não estava falando desse tipo de voo. – ele riu – Venha cá.
Eu me aproximei e Sesshoumaru me pegou no colo. Me segurava firmemente, mas não parecia que tinha alguma segunda intenção nisso. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e me assustei quando vi que ele rumava para o parapeito da varanda. Íamos pular? Ele ia me jogar lá de cima? Tinha finalmente decidido me matar? Nenhuma das anteriores. Estávamos voando. Além de ser um youkai rico e poderoso, mais bonito que tudo nesse inferno de mundo e de ser dono de uma praia, Sesshoumaru também podia voar? O que ele NÃO podia?
Passado o susto inicial, tentei me manter calma e olhar ao meu redor. A casa, enorme, ficava menor conforme nos afastávamos, na mesma direção em que tínhamos ido naquela manhã. Visto de cima, o mar batendo na areia parecia quase inofensivo. Do outro lado, algumas casas em meio a uma densa vegetação e bem mais a frente, a cidade. Era bonito e ao mesmo tempo reconfortante estar ali, apesar de estar completamente em suas mãos, eu confiava nele e sabia que nada de ruim aconteceria.
Voamos mais um pouco, até pousarmos em uma falésia com o topo coberto por uma grama baixa. À frente estava o mar infinito, e olhando ao longe na direção da praia era possível ver a casa, agora quase minúscula devido a distância.
- Você pode voar e anda de carro para cima e para baixo?! – disse eu quando ele me botou no chão.
- Lógico. Você queria que eu ficasse sobrevoando Tóquio sem problema nenhum? – perguntou enquanto sentava-se de frente para o mar.
- Bom, com todo o trânsito... é, queria sim. – Respondi, me sentando ao seu lado.
- Eu tenho cara de Sailor Moon pra você? – perguntou ele com bom humor
- Olha, com essa lua na testa, se você deixar eu mexer no seu cabelo... – eu ri, imaginando aquilo – E eu não tenho certeza de que a Sailor Moon voa. – Terminei, pensativa e surpresa com aquela referência.
- Bem, não importa. A questão é que, voar certamente chama atenção e todo mundo vê aonde você vai, então eu procuro não fazer isso em qualquer lugar. – Ele agora servia o vinho nas taças.
- Realmente tem alguma lógica. – Respondi e continuei – É tão bonito – disse eu olhando a paisagem – Tudo bem se eu tirar uma foto? Digo, talvez você não queira que eu poste nada, mas não tenho nenhum intuito de deixar as pessoas me associarem a você, então não precisa se preocupar.
- Desde que não tenha nada que leve a mim... – ele deu de ombros.
Tirei algumas fotos e bebemos o vinho em um silêncio confortável enquanto eu, aos poucos, ia me inclinando para mais perto dele até deitar a cabeça em seu ombro.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...