Rin POV
"Entre 8 e 9 semanas"
Era o que dizia o resultado do exame de sangue que eu fui fazer com Kagome naquela manhã de segunda, depois de enfiar todas as sacolas no meu quarto e vomitar até jurar que minha pele estava ficando verde.
Não sei por que estava tão nervosa em fazer o exame se sabia que era positivo, mas senti que toda a minha vida tinha mudado naquela fração de segundo em que peguei o resultado, cerca de uma hora depois de colherem meu sangue na clínica.
- Antes de sairmos você conseguiu uma consulta com um ginecologista obstetra, né? Foi bem rápido. Que horas você tem que ir? – perguntou Kagome
- Ah, então, o Sesshoumaru me passou o número desse hospital depois de me deixar em casa, disse que conhece bem o diretor, um tal de Sr. Tachibana, e aí eles disseram que eu podia ir, mas eu só tenho que estar lá depois do almoço. – Respondi
- Nossa... é incrível como Sesshoumaru parece que manda em tudo. – disse ela, rindo
- Até parece que o Inuyasha não manda em nada. Você que é trouxa de não aceitar.
- Bom, eu estou tentando não depender muito dele, mas se eu estivesse grávida e ele fosse um babaca igual o Sesshoumaru, talvez não me importasse com isso. – Ela continuava rindo
- Kagome... eu não sei se o Sesshoumaru é um babaca, de verdade. Ele é estranho, eu nunca sei o que ele está pensando, mas até agora ele agiu corretamente comigo a maior parte do tempo. Talvez você só... não conheça ele muito bem? – disse eu, incerta
- Talvez nem vocês se conheçam, né, Rin? – ela disse com sarcasmo – Mas não se preocupe, zoar o Sesshoumaru é só uma diversão minha e do Inuyasha. Se ele continuar se comportando, acho que não teremos problemas de casas ou escritórios destruídos.
- O Inuyasha sabe? – perguntei
- Não sei, não tive tempo de falar com ele ainda. – Ela deu de ombros – mas se ele sabia e não me contou, a cara dele vai pro chão umas dez vezes seguidas.
Eu ri.
- Eu acho que sabe, pelo que ele falou comigo no sábado de manhã, mas não sei se o Sesshoumaru quer que ele saiba. Não sei nem se é segredo que eu to grávida ou não. – disse eu meio perdida.
- Ele acaba de monopolizar um hospital para você, se isso é guardar segredo, ele é bem ruim. – disse ela com bom humor – Quer almoçar antes de ir?
A comida me dava náusea e eu mal consegui tocar no almoço. Sempre adorei karê mas agora mal podia sentir o cheiro sem meu estômago embrulhar. Bebi um monte de água junto e Kagome e eu fizemos hora sentadas em uma livraria até irmos para o hospital. Eu estava morrendo de sono e só queria dormir, mas o hospital era perto demais para tirar um cochilo no metrô.
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A ala obstetrícia ficava no terceiro andar. O hospital era enorme e, para variar, muito chique. Algo que meu seguro saúde de autônoma provavelmente nunca cobriria. Na recepção do andar, uma hanyo raposa nos recebeu.
- Boa tarde. – Cumprimentei – Han... eu tenho uma consulta marcada, eu acho... – não sabia como explicar aquela situação.
- Qual o seu nome, por favor? – disse ela em tom profissional.
- Rin. Eu sou Rin Higurashi, eu falei com o Sr. Tachibana essa manhã...
A expressão da atendente mudou imediatamente do semblante profissional inexpressivo para o de surpresa.
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Qual era Mesmo o Acordo?
RomanceTendo séculos de vida, Sesshoumaru Taisho já está entediado de dormir sempre com as mesmas youkais, as vezes até mesmo aceitando hanyous já que se tornaram tão comuns, mas nunca humanas. Nunca mesmo. É então que conhece Rin no hall da empresa de sua...