29 - Consegue sentir isso?

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Rin POV

Depois do almoço, Toga apareceu para me visitar. Quer dizer, não só para isso, ele já tinha falado com Sesshoumaru por um longo tempo antes de entrar. Trouxe algumas flores e parou para conversar um pouco comigo e com Kagome.

- Então você deve ter alta hoje a tarde? – perguntou ele gentilmente.

- Parece que sim. – Confirmei

- E agora serão dez dias de repouso! – lembrou Kagome

- Dez longos dias. – lembrei, com desânimo

- Dez dias. É dentro do prazo. – observou Toga

Ambas assentimos, sabendo que ele se referia ao encontro do clã.

- Rin, tem certeza que não quer ficar no templo durante esses dias? Você sabe que todos vão ficar felizes em te receber. – Kagome ofereceu

- Não será necessário. – disse Sesshoumaru, que agora entrava no quarto com Inuyasha. – Mas todos temos algo a conversar. Toga e Inuyasha já sabem para onde ir, vá com eles, Kagome. O médico está vindo assinar a alta da Rin e logo nos encontraremos. – explicou

- O que é isso, uma seita secreta? – ela perguntou

- Claro que não, é só um plano pra... – começou Inuyasha

- Inuyasha, você não consegue falar a boca? – interrompeu Sesshoumaru

- Claro que consigo!

- Pois não parece!

- E quem é você pra mandar eu calar a boca?!

Olhei para Kagome e revirei os olhos, ela fez o mesmo.

- Queria saber o que eu fiz para merecer vocês dois brigando assim. – disse Toga, imitando nosso gesto – Anda, Inuyasha, vamos antes que esse lugar exploda.

Eles saíram e alguns minutos depois o médico veio me liberar. Sesshoumaru já havia me ajudado a trocar a camisola hospitalar por um conjunto de moletom verde água que Kagome trouxera, acompanhado de botas fofinhas, pois continuava frio. Quanto às roupas com que eu tinha chegado ao hospital, além te terem sido completamente encharcadas de sangue e eu não queria vê-las nunca mais.

Em uma cadeira de rodas, fui levada até o carro e Sesshoumaru me ajudou a entrar, seguindo um sem-número de recomendações médicas. Eu ainda me sentia um pouco desconfortável e fraca, mas estava feliz por ter alta e por nossas filhas estarem bem.

E pelo anel escondido dentro da minha bolsa, é claro.

Sesshoumaru dirigia tranquilamente, vez ou outra me olhando pelo canto dos olhos para garantir que estava tudo bem, enquanto eu havia aberto um pouco a janela para sentir o ar frio de dezembro em meu rosto e cantava baixo junto com a playlist do Spotify que tocava no rádio. Apesar do desconforto eu só queria me sentir um pouco em paz.

No estacionamento do prédio em Ginza, Sesshoumaru me ajudou a sair do carro e me levou no colo, mesmo eu insistindo que conseguia ficar em pé. No entanto, no elevador, depois de tanto tempo ele voltou a apertar o botão do sexto andar em vez da cobertura.

Kagome, Inuyasha e Toga estavam lá, no apartamento que já tinha presenciado as cenas mais quentes imagináveis entre mim e Sesshoumaru. Quer dizer, entre Sesshoumaru e um monte de gente, mas era melhor pensar só na época do nosso acordo.

Eu já estava devidamente acomodada no quarto principal, quando todos se reuniram de vez no mesmo lugar.

- Obrigada por estarem todos reunidos aqui – disse eu, fingindo uma voz solene – Eu lhes ofereceria algo para comer, mas como sabem, nossa empregada faleceu recentemente de maneira trágica. Peçam pizza se quiserem.

Qual era Mesmo o Acordo?Onde histórias criam vida. Descubra agora